por Eduardo Ferreira Santos
“Gostaria de saber como melhorar minha autoconfiança, tenho muito medo de errar, não consigo ficar em um trabalho por conta disso. Vou fazer hipnose condicionativa para ver se melhoro. Será que adianta?”
Resposta: Não há como afirmar categoricamente que esse ou aquele método de psicoterapia é o mais eficiente.
Há uma proposição da Associação Americana de Psicoterapia de defender a chamada Terapia Cognitiva Comportamental como a única aceita cientificamente nos meios acadêmicos, mas isso se deve muito mais ao fato desse método se enquadrar nas propostas estatísticas da Associação do que aos seus resultados propriamente ditos.
No meu entendimento, a questão terapêutica é muito individualizada e depende da interação terapeuta-cliente e da empatia que se estabelece entre ambos.
Nos anos 60, o psicólogo Carl Rogers (criador da Terapia Centrada na Pessoa) publicou um trabalho falando exatamente disso, após estudar mais de mil duplas terapêuticas, independente do método usado, verificou a importância da interação acima de tudo.
Assim, a Psicanálise, o Psicodrama, a Terapia Existencial, a Hipnose… entre tantas outras, só irá produzir resultado se houver uma excelente interação entre o terapeuta e o cliente.
Portanto, não há indicação absoluta. Como cada pessoa é uma pessoa, cada relação terapêutica pode ou não dar resultados.