Por Patrícia Gebrim
Ok. Você já caminhou muito na vida em busca de um amor. Já se enganou, já se iludiu, já acreditou em quem não devia, já tentou se forçar a gostar de alguém que achava bacana, já gostou de quem não gostava de você. Já se arrependeu de ter sido bom com quem não merecia, já se arrependeu de ter sido mau com quem também não merecia, já foi ingênuo, já foi egoísta, mentiu, dissimulou, pulou de cabeça em piscina vazia, se espatifou.
Até que um dia cansou. Compreendeu exatamente o que quer e o que não quer. Amadureceu. Entendeu que o amor não está no outro, mas em si mesmo, e em tudo o que existe. Já não aceita menos do que o amor que já sabe se dar. Não tem paciência para joguinhos, para gente que não sabe o que quer, para superficialidades, para se vestir de mentira para conquistar alguém.
Amor em conta-gotas
Já não aceita estar com aqueles que têm medo de sentir ou que sentem com avareza. Criou aversão a conta-gotas. Não acredita em falsas promessas, nem inventa pessoas idealizadas, sabe que essas só existem na imaginação. Quando amadurece você já não é seduzido por qualquer sopro de desejo. Só o real o encanta. Você se tornou inteiro. Quanto mais inteiro, mais simples. Na verdade tudo se torna simples. Simples assim: ou você está feliz nessa relação, ou não. E se a resposta é não, se você já tentou tudo e a conexão não se estabeleceu, você não pode mais se dar ao luxo de desperdiçar sua energia, ou seu tempo. Deixe ir. Rompa com os apegos e ampare-se no amor que tem por si mesmo.
Ouça: quando você encontrar alguém que estiver vibrando na mesma frequência que você, tudo fluirá sem esforço. Não digo que será perfeito. Digo mais. Será divinamente "imperfeito".
Um relacionamento perfeito não nos serviria para o propósito maior dos relacionamentos: evoluir. Esta é a palavra-chave para uma relação madura.