por Danilo Baltieri
"Como devo me comportar ou reagir quando perceber que meu filho de 17 anos anda bebendo?"
Resposta: Nesta faixa etária, os jovens pouco se preocupam com o que os seus pais pensam sobre o assunto “beber”. Eles são bastante influenciados pela pressão do grupo de amigos/pares, bem como pela publicidade que associa o álcool com momentos de lazer e prazer.
Contudo, devemos também ter em mente que no Brasil, é proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos de idade.
De qualquer forma, não tenha medo de conversar com o seu filho sobre o consumo de bebidas alcoólicas, de forma clara e franca. Mesmo que ele seja fisicamente maior do que você, a sua opinião deve ter valor.
Sempre durante a conversa, certifique-se de que tanto você quanto o seu filho estão sendo ouvidos e têm a chance de externar opiniões. Converse com ele sobre as conseqüências do consumo de bebidas na escola, no trabalho, enquanto pratica esportes ou desempenha outras atividades.
Mantenha o vínculo com seu filho, respeitando a liberdade dele para que ele não ache que você está tentando controlá-lo ou reprimi-lo. Quanto mais próxima do seu filho, menos ele cederá às pressões do grupo.
Você deverá ter alguns fatores a seu favor, tais como: o bom e adequado relacionamento com o seu filho e confiáveis informações sobre o consumo de bebidas alcoólicas nesta faixa etária. O conhecimento de boa qualidade associado com a adequada vinculação com o seu filho contribuirão para um melhor desenlace do fato.
É importante saber como está o desempenho do seu filho: na escola, trabalho e demais atividades. Além disso, quais estão sendo os modelos seguidos pelo jovem, quais estão sendo as suas principais dificuldades (relacionamentos, amigos, desempenhos), como estão sendo desenvolvidas as suas expectativas, como o seu pensamento/idéia está sendo organizado.
Existem fatores protetores e de risco para o abuso de substâncias psicoativas, como o álcool. Dentre os fatores protetores estão: o estreito e adequado vínculo com os pais, os próprios hábitos saudáveis dos genitores, o bom desempenho acadêmico do jovem, bem como habilidades acadêmicas e sociais adequadas.
Dentre os fatores de risco estão: falta de suporte familiar, pobre desempenho acadêmico e falta de expectativas realistas, precoce comportamento impulsivo/ agressivo, facilidade no acesso às drogas na própria comunidade ou entre os pares.