por Karina Simões
Fiz essa pergunta numa rede social e muitos participaram. A maioria respondeu que esperaria o tempo que fosse preciso.
Outros disseram que dependeria do amor ser recíproco. E alguns disseram que não esperariam amor algum; iriam vivendo, porque viver requer pressa.
Mas… amar não faz o tempo parar?
É exatamente essa sensação que muitos sentem ao se inebriarem pelo amor e pela reciprocidade do envolvimento afetivo. Amar a dois faz bem e nos motiva a viver. Amar faz nos sentirmos jovens e voltar a ter a vitalidade dos 20 anos. O amor verdadeiro nos coloca para frente, nos engrandece e nos deixa melhor do que somos. O beijo nos encanta, o olhar nos prende e o silêncio nos fala tudo que queremos ouvir. Ele, o amor, nos basta nesse momento.
Por esse amor descrito você esperaria quanto tempo? Todos temos tempos diferentes de espera.
Esse amor que envolve, cativa e encanta o dia a dia deixa a gente livre e ao mesmo tempo ficamos ligados no outro.
Alguns acreditam que seja mais fácil esperar do que desistir. Eu diria ao contrário. O desistir pode parecer mais acessível, levando as pessoas a partirem para a tentativa de outro amor. Mas esperar não é para todos. Esperar se torna um ato mais difícil por ser muitas vezes vazio no tempo. Um vazio que chega a doer na alma. Uma espera que nos faz sentir com os olhos fechados o sabor do beijo dado, o cheiro do outro em nós e a presença constante que nos move no tempo.
Assim, esperar é um projeto sonhado a dois quando se ama verdadeiramente alguém. A espera é uma renúncia para muitos, mas um ato de coragem e grandeza para quem ama e deseja viver a plenitude desse amor. Certa vez o Pe. Fábio de Melo nos disse que: “O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia…”. Porque é na espera, que já se encontra o sentido de ser; é na espera que já sentimos ser melhores do que somos em amar!