Diante da quarentena necessária à cura do nosso planeta, algumas pessoas estão sentindo o peso da solidão, por não se darem bem consigo mesmas; outras estão enfrentando dificuldades em se relacionar com parceiros de vida.
Mais um paradoxo, que nos faz pensar. Afinal, é bom ou ruim estar acompanhado?
No caso da solidão, parece que impõe deparar-se com uma pessoa que não queremos encarar, talvez porque não nos aceitemos, talvez por medo do que iremos enxergar, mas principalmente porque não confiamos em nós mesmos como um bom companheiro. É como se me julgasse alguém insuficiente, que precisa sempre se distrair com o que está fora, ou outra pessoa que me ofereça o que não sou capaz. Quanta ilusão, quanto desamor…
Quarentena: intensidade da convivência
No caso de estar com um parceiro ou parceira, parece que a intensidade da convivência traz uma intimidade perigosa, onde minhas sombras podem surgir e colocar à prova a minha aceitação pelo outro. Afinal, não podemos usar máscaras o tempo todo.
A tendência é projetar minhas fraquezas no outro para me manter perfeito, e na troca de criticas e julgamentos, me iludir de que não tenho que mudar nada.
Em ambos os casos, quem está no comando é a Criança Adaptada, com baixa autoestima e, portanto, incapaz de se nutrir ou ofertar algo a alguém.
Para conviver bem, oferecendo o seu melhor e recebendo o que o outro tem pra dar, é preciso se amar e amar o outro como ele é. Não enxergar o outro como a fonte de sua felicidade. Esta existe dentro de cada um, na medida em que se supre através de um bom relacionamento entre seu Pai Protetor e sua Criança interna.
Se estou bem comigo, posso ter um olhar gentil e solidário com o outro, oferecer meu amor incondicional sem esperar nada em troca.
Convite à gentileza
Cada um é responsável por suas escolhas. Escolha ser gentil.
Você não vai mudar o outro, mas será um exemplo que pode fazer toda a diferença!
Aproveite esta oportunidade e transforme seu relacionamento numa “Relação Gratificante”.