por Regina Wielenska
Dois pesquisadores americanos, Julie e John Gottman, estudam há muitos anos as relações entre casais e famílias. Em seu instituto treinam terapeutas, tratam de casais em crise, oferecem workshops para desenvolvimento de habilidades de relacionamento e pesquisam com rigor vários aspectos do relacionamento conjugal e familiar.
Uma das muitas contribuições deles está resumida neste pequeno vídeo: chamado Os quatro Cavaleiros do Apocalipse – veja aqui: (para colocar fim a um relacionamento).
É preciso determinação e coragem para enfrentar comportamenos cozinhados em fogo brando
1º) Comportamento crítico
Primeiro, o comportamento crítico, que tende a criar uma negatividade destrutiva, faz o parceiro se sentir criticado, inferior e desprezado. A crítica precisaria ceder sua vez a um diálogo cheio de compaixão e disponibilidade para afetivamente escutar o outro e buscar caminhos que pudessem satisfazer ambos os parceiros.
2º) Comportamento de indiferença
O segundo cavaleiro, dizem os Gottman, seriam comportamentos que sugerem indiferença, desprezo ou o sarcasmo. Quando a pessoa com a qual se escolheu passar a vida não mais se importa com você, rompe-se qualquer possibilidade de se sentir conectado ao outro. Dói muito a indiferença, por vezes mais do que uma interação tensa na qual ambas as partes queiram ativamente corrigir uma comunicação ruim, em busca de reconexão.
3º) Comportamernto de defesa
O terceiro cavaleiro é a defensividade. Para quem se comporta assim num relacionamento, o que importa é dar um jeito de se defender, provando que o outro não está com a razão. Diálogo é palavra pouco familiar aos que só se defendem. Imaginem o dano que esse comportamento nocivo causaria ao fiapo de amor que porventura ainda exista.
4º) Comportamento de isolamento
O quarto elemento nocivo é o isolamento. Quem não conhece, infelizmente, ao menos um casal que coabita um apartamento como se fossem dois inquilinos, desconectados um do outro? Não se conversam, o silêncio impera, os olhares não se cruzam, tudo é disfarçado, mas a realidade é que o isolamento é a arma mais usada por eles.
Pra cada cavaleiro há antídotos, e com apoio de exercícios, jogos terapêuticos experienciais, busca-se reorganizar o funcionamento do casal, de forma a se combater a força destrutiva que assolou a vida dessas duas pessoas. Não é simples, mas é viável. Com ou sem ajuda profissional, uma coisa é verdade, os envolvidos precisam estar determinados a vivenciar novos padrões de relacionamento que facilitem a comunicação, o resgate de sentimentos de intimidade e de bem querer.
Como você tem se relacionado com seu par ou outros familiares?
Quão próximos cada um se sente em relação ao outro?
Vigoram o respeito e a vontade de entendimento recíproco?
Coragem… pense sobre isso.