Quercetina: presente nos vegetais

Por Tamara Mazaracki

Inflamação constitui a base de muitas enfermidades, incluindo doenças cardíacas, autoimunes, neurodegenerativas, câncer, artrite etc. Quercetina é um polifenol flavonoide encontrado em muitos alimentos do reino vegetal, e tem propriedades biológicas únicas com potenciais benefícios para a saúde global, incluindo ação anti-inflamatória, anticancerígena, antiviral, antioxidante e psicoestimulante. Ela ainda atua positivamente no diabetes, inibe a peroxidação lipídica (oxidação do colesterol) e agregação plaquetária (formação de trombos), melhora a permeabilidade capilar (reforça os vasos) e estimula a biogênese mitocondrial (formação de novas mitocôndrias).

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Novas descobertas

MicroRNAs são mensageiros recém-descobertos que atuam na regulação genética de diversas doenças, especialmente tumores malignos, e quercetina influencia este mecanismo de forma positiva em várias direções biológicas. Em resumo, a quercetina combate a inflamação, aumenta a imunidade e é um anti-histamínico natural, atuando em processos alérgicos, urticária e asma. Tomar suplementos de quercetina pode ajudar no combate à dor associada com doenças autoimunes, como a osteoartrite, e em infecções da próstata, do trato respiratório e outras.

Fontes alimentares

Quercetina está presente em uma grande variedade de frutas e legumes, sendo cebola roxa e alcaparra as mais concentradas no polifenol. Outras boas fontes são cacau, maçã (principalmente a casca), ameixa, berries (frutinhos vermelhos), agrião, brócolis, chia, azeite, cítricos. Algumas ervas usadas como fitoterápicos apresentam boas concentrações de quercetina, como ginkgo biloba, hipericum e silimarina.

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Doses indicadas

Em dietas ocidentais, pobres em hortaliças e ricas em gorduras trans, estima-se uma escassa ingestão diária de quercetina de 3 a 40 mg. Já nas dietas ricas em frutas e verduras a ingestão pula para 250 mg por dia. Em suplementos dietéticos para tratar problemas específicos (citados acima) a dose diária recomendada está na faixa de 500 a 1000 mg. O uso de doses altas por tempo prolongado deve ser feito com acompanhamento médico.

Referências

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*Journal of Cellular Biochemistry 2019. Effects of quercetin on microRNAs: A mechanistic review.
*Experimental & Clinical Sciences 2018. Quercetin and its role in biological functions: an updated review
*Future Medicinal Chemistry 2017. Quercetin & derivatives: useful tools in inflammation & pain management.
*Nutrients 2016. Quercetin, Inflammation & Immunity.
*Molecular Nutrition & Food Research 2018. Safety Aspects of the Use of Quercetin as a Dietary Supplement.