por Luiz Alberto Py
Um hábito valioso, e que para ser desenvolvido requer atenção e interesse, é o de avaliar as pessoas e coisas com que temos contato. Costumamos fazer isso espontaneamente usando a nossa intuição e os conhecimentos que temos. Mas é possível ampliar nossa capacidade de examinar e apreciar, desenvolvendo o gosto estético e o julgamento ético e moral.
Em geral, nossos valores e códigos são aprendidos durante a infância e, por consequência, carregam o defeito de serem infantis ou juvenis. Ou seja, são construídos a partir de uma percepção ainda muito limitada e de influências nem sempre de boa qualidade. O fato de eles terem sido impressos em nossa mente por pessoas que nos são queridas não significa que estejam corretos e atualizados.
Quando desenvolvemos nossa capacidade de aferir, passamos a ter mais confiança em nossas opiniões porque sabemos de onde elas vêm e podemos sustentar um raciocínio que dá alicerce ao nosso julgamento. Muito disso ocorre naturalmente com o amadurecimento e a experiência de vida. Porém, pode-se investir em um aumento da capacidade de avaliação através de um constante questionamento de nossos princípios e de nossos valores. Os processos de cultivar e refinar o nosso gosto e o nosso julgamento aumentam o sentimento de confiança em si mesmo e a autoestima.