Como perceber a forma como pensamos?
Temos consciência por onde caminham nossas sensações, percepções, a forma como processamos nossas experiências?
O que surge primeiro: a percepção das coisas ao nosso redor que nos dão sensações, ou selecionamos o que queremos perceber movidos(as), por emoções?
As opiniões, conceitos e preconceitos que alimentam nossas formações mentais nos tornam dependentes de nós mesmos ou dos outros?
Quem controla você? Já se percebeu controlado, controlada por alguém?
As nossas emoções não surgem espontaneamente, são estimuladas por memórias, por sinais.
Buda ensinou sobre os cinco agregados, isto é, sobre como somos constituídos.
São cinco camadas, aspectos…consciências…
O nosso corpo, onde encontramos os órgãos dos cinco sentidos e as suas consciências, isto é, a visão e a consciência da visão, a audição e a consciência da audição, o olfato e a consciência do olfato, o paladar e a consciência do paladar, o tato e a consciência do tato, o sistema nervoso.
As sensações, agradáveis, desagradáveis e neutras.
As percepções das coisas, nominações.
As Formações mentais que processam tudo isso e, ao mesmo tempo, é processada pelas consciências.
A grande consciência, onde se encontra toda a nossa vida, nossas memórias mais profundas e as marcas do DNA…
Essa consciência é também chamada de armazenadora, porque guarda informações, denominadas por “sementes”.
Quando há uma sensação, essa sensação é estimulada e estimula as sementes da consciência armazenadora e ativa as sementes que aparentemente se encontram adormecidas… ativando nossas percepções e formações mentais. Um ciclo dinâmico que ocorre em milésimos de segundos…
Esse movimento nos constitui e quando não temos consciência disso, somos atropelados(as) e atropelamos a todos e a todas.
Reagir ou agir na vida?
As práticas de zazen – meditação zen – nos ajudam a perceber essa dança incessante de consciências dos órgãos dos sentidos, sensações, percepções, formações mentais, consciências e, o rastro que deixa no cotidiano.
O zazen – a meditação zen, nos ajuda a ampliar a consciência e a olhar em profundidade esses movimentos naturais em nós.
Observamos o que nos leva ao sofrimento, tanto nosso quando dos outros.
Você gradualmente se liberta da condição de refém para gerenciador. E, mesmo gerenciador, também ainda refém…
Mas, também, gradualmente, vai deixando de ser levado por impulsos e atua sobre essas emoções, agindo com a energia devida diante dos fatos que o rodeiam.
O salto de reagir para agir é, antes de tudo, o impulso da verdade de você mesmo, de você mesma.
Zazen é o lago onde devemos navegar, mergulhar e se entregar, somos nós.
Ao se entregar, sem nada querer alcançar, nesse momento passará a agir no mundo a compreensão do fluir natural de todas as coisas, e adequação, energia bem colocada.