por Thaís Petroff
Os smartphones são uma revolução na vida de muitas pessoas, tanto no sentido de como resolvem as questões do dia a dia (pagamento de contas, ir para algum lugar mais facilmente e sabendo quanto tempo demorará, etc), bem como em relação aos relacionamentos de modo geral.
Há inúmeros aplicativos que vão desde te auxiliar a conhecer novas pessoas para fazer amizade, para um relacionamento ou sexo casual, e até manter o contato com essas novas pessoas ou as já conhecidas.
A priori, abriu-se portas para as pessoas se manterem mais conectadas, tendo opções bem mais interessantes do que somente enviar um SMS ou fazer uma ligação tarifada. Você pode falar em tempo real por áudio e imagem, pode se corresponder por mensagens escritas ou de voz, pode falar e a mensagem para a outra pessoa é escrita pelo programa para você. Ou seja, há diversas formas de se comunicar que atendem a vários gostos (e bolsos) e podem ser utilizadas independente da distância. Basta uma conexão com a internet ou um 3G.
Podemos pensar então que, diante de tantos facilitadores na comunicação, as pessoas estejam mais próximas, mas nem sempre é o que se vê na prática.
Quantas vezes você já presenciou a cena de uma família à mesa e cada olhando para seu respectivo celular sem trocar uma única palavra entre si? Ou ainda um casal de namorados e cada um teclando em seu celular, sem trocar olhares ou carícias?
Recentemente, escutei de uma paciente minha que o marido passou o feriado (tempo que eles teriam para o lazer e descanso juntos) mais mexendo no celular do que estando com ela.
Será que diante disso podemos pensar que se não bem utilizadas essas tecnologias podem te "aproximar" de quem está distante de você, mas te afastar de quem está perto?
Não seria desse modo então uma grande perda, se não for algo bem administrado?
Já presenciei inúmeras discussões, principalmente de casais, em que um acusava o outro por estar sendo preterido em prol do celular.
Esse é um ponto que precisamos deter nossa atenção, para que uma evolução, não se torne um problema.
Monitore quanto tempo você passa no celular e, principalmente, quando faz isso.
Esse comportamento te atrapalha em estar com outras pessoas?
Você acaba se "fechando" para os outros?
A qualidade de suas relações cai? Caso a resposta para qualquer uma dessas questões seja positiva, então está na hora de você rever sua relação com seu smartphone, pelo bem das suas poucas relações.