por Karina Simões
Relacionamento afetivo é quase sempre uma prioridade feminina.
Presencio em meu consultório um elevado número de mulheres que procura psicoterapia com foco na relação amorosa.
E aí, muitas das vezes, costumo alertá-las:
– O amor parece ser sempre o ingrediente principal e, portanto, maravilhoso de ser vivido numa relação saudável. Mas não é pré-requisito suficiente para que uma relação se mantenha duradoura e saudável.
A dificuldade de comunicação entre casais continua sendo uma das queixas campeãs em meu consultório. Muitas me trazem situação onde revelam que pior do que uma briga instalada, é o silêncio da indiferença que se vive a dois.
Muitos homens ainda resistem às DRs (discutir a relação). Porém, hoje tento reeducar os casais que chegam, ensinando que “discutir a relação” não necessariamente serve para solucionar problemas.
Objetivo das DRs
As DRs devem ter como objetivo criar ou recriar um sentimento de ligação entre o par, para que o outro se sinta ouvido, amado e acolhido. Servem como um treinamento de escuta, pois o diálogo numa relação muitas vezes se dá de forma equivocada. E esse se transforma mais num momento de acusação, desabafo com conotação amarga e não numa experiência de expressões sinceras que possam brotar do fundo da alma e tocar o coração do outro.
Como isso pode começar a acontecer? Não deixe juntar poeira debaixo do tapete!
É preciso praticar diariamente dedicando um pouco do seu tempo para expor ao cônjuge o que mais inquieta a cada um, sem deixar “juntar poeira debaixo do tapete”.
Assim, o ato de falar e o de ouvir serão postos em prática ao longo da relação trazendo frutos saudáveis, pois cada um se sentirá valorizado e não o alvo de acusações, de forma intempestiva.
Nessa atmosfera propícia e aberta ao diálogo e à compreensão, o amor fluirá e se renovará a cada dia.
A dica é: mantenha a cumplicidade no dia a dia
Fique atenta ao seu relacionamento e às suas falas do dia a dia, pois as palavras proferidas podem aumentar o muro entre o casal e distanciá-los, fazendo com que a relação perca a cumplicidade tão essencial ao relacionamento.