por Margareth dos Reis
“Olá tenho 37anos. Sou casado há 15 anos. Minha esposa nunca me procura. Eu sempre tento inovar nosso dia a dia na cama, mas não está resolvendo. Sinto que ela não tem o mesmo prazer que eu. Não sei o que posso fazer.”
Resposta: Acredito que muitas pessoas em um relacionamento de longa duração tenham uma queixa muito parecida com a sua.
O envolvimento inicial de duas pessoas não costuma ocorrer dessa forma como a que você descreveu e nem incomodar para todos quando, lá no começo, a dinâmica do casal acontece desse modo.
Quer saber por quê?
No enamoramento, na paixão e, na disposição para começar um projeto de vida a dois, existe sempre muito mais movimento de ambas as partes para o bem-estar da dupla.
Vejamos melhor: talvez a sua parceira demonstrasse mais disposição para o sexo, e se não fosse esse o caso, talvez você valorizasse mais o empenho dela em outros comportamentos que faziam com que vocês quisessem ficar cada vez mais juntos. Só que, com a rotina diária do casal, as coisas tendem a se repetir como se estivessem no automático. Aí perde a graça e isso vai comprometendo o entusiasmo na convivência. Dos dois lados!
Para mudar essa situação desconfortável, é preciso entender o princípio básico para a saúde de um relacionamento: ter intimidade! Intimidade para falar dos problemas comuns, para perguntar se está tudo bem com a outra pessoa, para saber o que cada um sente ou valoriza hoje na relação a dois, o que cada um gostaria de fazer diferente nessa altura da vida, e assim por diante.
A partir dessa experiência, ambos podem descobrir juntos saídas mais criativas para o prazer na vida a dois. Sem essa criteriosa avaliação conjunta dos sentimentos individuais e da percepção que cada um tem da vida íntima, fica impossível ativar o potencial criativo para realizar uma mudança que seja significativa para a qualidade de vida, com cumplicidade, para agradar ambas as partes.