Da Redação
Os preços de aproximadamente 20 mil medicamentos tiveram semana passada aumento médio se 3,18%, de acordo com a Anvisa. Uma opção por menor menor preço pode ser o remédio manipulado. Mas é importante evitar a automedicação e só adquiri-lo em farmácias que tenham farmacêutico responsável.
O medicamento manipulado em alguns casos pode ser até 80% mais barato que os genéricos e remédios de marca.
Comprar medicamentos manipulados, ou seja, prescritos pelo médico e preparados para cada caso, já é considerada uma boa saída para não sofrer com o aumento nos preços dos remédios. “Vale a pena pesquisar porque a diferença em algumas classes de medicamentos, como os anti-hipertensivos, pode superar 80% entre o manipulado e o genérico”, alerta o farmacêutico João Roberto Guimarães.
As classes com maior diferença de preços são analgésicos, anti-hipertensivos, antidepressivos e medicamentos para o estômago (anti-ulcerosos).
Para se ter uma idéia, no caso da substância anlodipino (anti-hipertensivo), o preço de uma caixa com 20 comprimidos (10 miligramas) do remédio manipulado é, em média, R$ 15,60 contra R$ 29,07, do mesmo medicamento genérico, e R$ 72,00 do produto de marca. Já a fluoxetina (usada também no combate à Tensão Pré-Menstrual) é vendida a R$ 15,60 (28 cápsulas) contra R$ 39 do mesmo produto genérico, em média. O mesmo medicamento de marca custa R$ 98.
O que difere o remédio manipulado do produzido em escala industrial?
O medicamento manipulado é feito com a mesma substância ativa do remédio de marca. A diferença está no fato de que esse produto é desenvolvido na farmácia e não em escala industrial. Por isso, o remédio comprado na farmácia de manipulação deve ter o mesmo resultado que o medicamento industrializado. “O consumidor deve ficar atento e só comprar medicamentos em farmácias que possuem um farmacêutico responsável”, alerta Guimarães.
Dicas para comprar medicamentos manipulados e de escala industrial
1º) Só compre medicamentos em farmácias e drogarias, de preferência em estabelecimentos idôneos. Evite comprar remédios manipulados em consultórios e clínicas de estética, spas ou academias, certifique-se de que a farmácia possui um farmacêutico responsável;
2º) Verifique sempre na embalagem do medicamento:
a. Se consta a data de validade do produto.
b. Se o nome do produto está bem impresso e pode ser lido facilmente. Confira o rótulo do medicamento com a receita para saber se está tomando o remédio correto;
c. No caso dos medicamentos controlados, veja se o rótulo vem com as tarjas necessárias (branca, vermelha e preta).
d. Se não há rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada.
e. Se consta o nome do farmacêutico responsável pela fabricação e o número de sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia.
f. O registro do farmacêutico responsável deve ser do mesmo estado em que a fábrica do medicamento está instalada.
g. Se consta o número do registro do medicamento no Ministério da Saúde.
h. Exija bom atendimento e, qualquer dúvida, solicite um farmacêutico;
3º) Soros e xaropes devem vir com lacre. Isso é obrigatório para todos os medicamentos líquidos. Não compre medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que se soltam facilmente ou estejam apagados e borrados.
4º) A bula não pode ser um cópia xerox. Se a bula do medicamento não for original, não aceite o produto.
5º) Exija sempre nota fiscal da farmácia ou drogaria. Nela deve constar, além do nome do medicamento, o número do lote. Guarde com você a nota fiscal, a embalagem e a cartela ou frasco do medicamento que está sendo usado. Eles são seu comprovante, em caso de irregularidade, para você poder dar queixa.
6º) Evite a automedicação, essa prática é perigosa. Você pode ter efeitos imprevistos ou até agravar uma doença por tomar um medicamento errado ou sem efeito.
Fontes: Anvisa e Anfarmag
Atenção!
Esse texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracteriza como um atendimento