por Patricia Gebrim
Você consegue trazer à sua mente agora, a lembrança de um momento no qual tenha se sentido vivo e cheio de energia?
Em geral, um momento como esse vem acompanhado de um grande bem-estar e da crença de que você seria capaz de lidar com qualquer coisa que lhe acontecesse.
Mas existem também momentos de nossas vidas em que nos sentimos esvaziados… como se nossa energia tivesse escorrido para fora de nós por alguma torneirinha invisível, deixando-nos com uma sensação morna de tédio e falta de vida. Em momentos assim, até a menor tarefa se torna um desafio praticamente insuperável.
Na verdade, os desafios e obstáculos fazem parte da vida. Assim como as vitórias, ou a luta pelo que desejamos conquistar. O que faz toda a diferença é essa força interna, que estou chamando de energia. O que faz diferença é a forma como olhamos para o que se passa ao nosso redor.
Tudo pode mudar, dependendo do nosso olhar!
Esse olhar depende da quantidade de energia que possuímos. Quando nos falta energia, o nosso olhar é sombrio e pessimista. O oposto é também verdadeiro. Quando nos sentimos revigorados, o nosso olhar é mais luminoso, esperançoso e positivo, o que influencia profundamente tudo o que acontece ao nosso redor.
Todos nós recebemos diariamente energia mais do que suficiente para nos sentirmos bem, para lidarmos com os desafios da vida e para atrair em nossa direção o que quer que seja necessário para um vida plena e feliz. Sendo assim, me parece que é pertinente que perguntemos a nós mesmos:
Como andamos desperdiçando a nossa energia?
Você desperdiça a sua energia de várias maneiras. Aí vão algumas delas:
– Quando reclama, quando se sente uma vítima da vida, quando tenta controlar a vida ou as pessoas, quando critica ou julga alguém, quando se preocupa, quando fica repetindo intermináveis diálogos mentais, quando faz coisas em excesso (trabalha demais, bebe demais, come demais, fala demais), quando perde o eixo, quando age como se fosse um autômato…
Porque, ouça, você não é uma máquina fazedora de coisas… você é um ser luminoso escolhendo a sua vida, faça isso conscientemente ou não.
Logo, se anda se sentindo meio cansado, sem forças, entediado, infeliz… encontre uma brecha na sua rotina para um olhar mais distanciado em direção à sua própria vida. Olhe para seu dia a dia. Faça uma lista de todas as suas atividades… sim, escreva! Porque ao escrever será impossível deixar de ver.
Depois vá sinalizando quais dessas atividades trazem energia para você, gerando sensações de alegria e bem-estar; e quais delas levam embora a sua energia, deixando-o exausto, cansado, infeliz.
Depois reavalie se essas atividades que drenam sua força de vida são realmente necessárias, ou se podem ser transformadas de forma a se tornarem nutridoras para você.
O importante é que você se torne presente em sua própria vida para ser capaz de perceber isso. Digo isso porque muitas vezes agimos como se tivéssemos colocado nossas vidas no piloto automático. Acordamos, ligamos o botãozinho, e só voltamos a perceber a nós mesmos naqueles breves instantes antes de adormecer (se não acontecer de adormecermos antes).
Dessa forma, vivemos dia após dia sem perceber o que sentimos, o que impossibilita que efetuemos transformações.
Então, esteja presente em seu trabalho, e se ele for chato e irritante, perceba isso! Esteja presente em todas as suas atividades. Esteja presente na academia, na aula de inglês, na festa de seu vizinho. Esteja presente no barzinho com os amigos, no supermercado ao fazer compras, nos seus relacionamentos.
Esteja presente e ouse enxergar a verdade, por mais ameaçadora que possa parecer.
E quando enxergar, faça escolhas!
As escolhas são a chave para uma vida equilibrada. Não podemos ter tudo. Não precisamos provar nada a ninguém. Tudo o que realmente precisamos é daquilo que nos faz sentir bem!