por Karina Simões
Não se assuste se no primeiro ou num dos primeiros encontros for surpreendida com uma pergunta que pode esfriar a esperada noite romântica do Dia dos Namorados, que ainda promete um segundo capítulo: Quem paga a conta?
Essa é uma pergunta cada vez mais frequente feita pelos homens e as mulheres ainda não sabem lidar bem com essa questão.
Essas são mulheres talvez à espera de um amor à moda antiga ou que tenham ainda crenças enraizadas de que culturalmente o homem é o provedor.
A cultura dos relacionamentos afetivos passa por uma transformação socioeconômica. Cada vez mais nos deparamos com casais, onde a mulher é a âncora financeira no lar.
E muitas vezes mulheres acompanhadas de homens mais jovens assumem as despesas de jantares e passeios, pois seu parceiro está num ritmo e sintonia de conquista profissional diferente, não tendo condições de acompanhar o padrão dessa mulher madura e bem-sucedida.
As redes sociais hoje são uma grande ferramenta na formação e divisão de opiniões.
Perguntei como elas se sentem ao pagar as contas num relacionamento. A maioria delas afirma em não ter problemas em pagá-las ou dividi-las e até se sentem bem com isso. Mas acham uma falta de sensibilidade e cavalheirismo os homens não arcarem com as despesas num primeiro encontro ou nas primeiras saídas.
Mas existe ainda uma parcela que credita ao homem a responsabilidade de pagá-las.
A mulher deve se despir de qualquer resquício de seus pais e/ou avós e estar disposta sim a cooperar financeiramente na relação.
Algumas dicas preciosas poderão ser negociadas com o companheiro nesse aspecto:
Cinco dicas de como pagar as contas num relacionamento
1ª) Ela paga o jantar e ele paga o ingresso do teatro, por exemplo, num processo de parceria; ou racham as contas;
2ª) Se o rapaz não tem condições financeiras de contribuir, por ter uma condição social diferente, ela assume totalmente as despesas de lazer. Isso deve ser negociado previamente de forma transparente a fim de que o rapaz não se sinta constrangido.
3ª) É oportuno ressaltar que com esse acordo estabelecido, a mulher não deve, em nenhuma hipótese, jogar “na cara dele” em momento de raiva ou briga de que ela paga tudo e ele em nada contribui;
4ª) Observar os pontos positivos (o que os mantêm juntos, o sentimento, carinho, a atenção) da escolha por esse tipo de relação, em que há um desnível econômico do casal, e focar nesses aspectos como sendo uma opção consciente da mulher;
5ª) Ter em mente que a vida é cíclica e que hoje ela está numa melhor situação financeira e que, em breve ou no futuro, ele pode ascender por meio de oportunidades de estudo e trabalho.
O mais importante do que saber o que diz a etiqueta, é valorizar o que você sente. Faça sua fórmula e suas regras nos seus relacionamentos, contanto que todos estejam felizes, plenos e inteiros.
Nunca sinta-se pela metade.
Somos mais fortes quando estamos inteiros na relação, na sua completude afetiva.