Seis dicas para você poder conviver bem com a família dele

por Tatiana Ades

Numa família bem estruturada o indivíduo sente-se seguro e apoiado.  

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Em relação à solidariedade recebida em casa, é ensinado que dificilmente a encontrará em outra forma de convivência social. Trata-se do lugar onde nasce e se reforçam esperanças e valores.

Culturalmente a organização social nos faz aceitar que somente a nossa família é capaz de nos ensinar os passos para achar a “felicidade total” e que se nos afastarmos dela, “seremos punidos”. Por essa ótica, a “família boa” é aquela que cria o filho para que ele se sinta livre e capaz de alçar voo fora de seus laços e que esses devem ser gradativamente substituídos por sentimentos de afeto e não de dependência.

Família e relacionamento amoroso

Julgar a família do parceiro como sendo inferior à sua, demonstra insegurança e falta de respeito por uma maneira diferente (ou não tão diferente) de ser. É intolerância.

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Temos que aceitar as diferenças, mas não devemos nos autoflagelar, se for penoso demais. A convivência com a família do parceiro deve acontecer de maneira harmoniosa e, no mínimo, educada. Se essa convivência não for agradável, o casal não deve insistir, nem sentir-se culpado. Afinal, os familiares são adultos e tiveram chance de fazerem suas escolhas também. O melhor é deixar quieto.

Culpa por sair de casa

Geralmente, quando um filho ou uma filha sai de casa para formar um novo lar, estabelece-se uma competição por parte de seus pais (só eles sabem o que os filhos gostam ou precisam) e uma culpa nos filhos (estão abandonando quem tudo sacrificou por eles).

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Acordos

É importante que os parceiros estabeleçam acordos que satisfaçam ambos, sem imposições, mas como forma de conciliar e construir uma nova realidade. Ou seja, novas regras, uma nova visão que deve e pode ser adaptada. Na prática seria cada um dar o melhor de si no relacionamento, mostrar sua visão de mundo para ajudar o outro a ser feliz, evitar atitudes egoístas e estabelecer metas realistas juntos.

Conflito

O conflito é o processo que acontece entre duas ou mais partes e que reflete pensamentos e valores antagônicos (nem sempre) e no qual as pessoas reagem de maneira, muitas vezes, defensiva e agressiva. Existem forças antagônicas dentro da mesma pessoa que resultam em oposição entre dois sentimentos ou desejos contraditórios ou ainda um desejo (id) que se contrapõe à aprovação de sua censura moral (superego).

O conflito é inerente às relações humanas. É muito importante ser prudente com a maneira de lidar com isso, pois as consequências podem ser danosas sob vários aspectos: emocional, físico, econômico, etc.. Por isso, deve-se ter o cuidado para não criar situações irreversíveis como brigas com agressões verbais e físicas. Não se pode permitir que sentimentos como ódio, fúria, ciúmes nos guiem de maneira caótica e nos afastem de nosso verdadeiro objetivo: a construção afetiva de um novo lar.

Como conviver bem com a família dele (a):

1ª) Deve-se apostar numa convivência menos desgastante e mais amena sem deixar de respeitar as necessidades do outro;

2ª) Deve-se ser firme mostrar que interagir com a família do parceiro não significa anular seus valores. Saber respeitar a família do parceiro não significa que você concorde com tudo o que ela diz e faz, mas quando existe união entre o casal, o respeito pela família do parceiro deve ser mantido;

3º) Os problemas surgidos em relação à família de nosso parceiro não podem ser frutos de nossa intolerância ou de nosso sentimento de posse (e vice-versa);

4º) Cada parceiro deve pensar e perceber seu grau de intolerância em relação à família do outro, e se essa é realmente justificável;

5ª) Caso haja realmente uma incompatibilidade profunda, nunca exija que o parceiro deixe de conviver com a família dele. Fica a critério de cada um decidir visitar sua família num momento que considere importante. Há momentos que os casais devem viver suas vidas separadas e esse pode ser um deles.

6ª) Cuidado, nunca deixe-se levar pelas críticas por parte de sua família em relação ao seu parceiro. Não deixe que a sua família faça mal juízo dele. Você deve de modo imparcial e objetivo saber ouvir a sua família e o parceiro e não tomar partido sem refletir e questionar qual dos lados está sendo mais correto e coerente.