E-mail enviado por uma leitora:

“Preciso de ajuda! Todos os namorados com quem me relacionei eu os agredi. Isso não acaba, por que eu faço isso? Já fiz terapia e melhorava por um tempo apenas. Eu tô desistindo de mim mesma! Me ajude. Desde já lhe agradeço.”

Resposta: Difícil fazer um diagnóstico com poucas informações sobre você, mas parece que, quando contrariada você não consegue controlar seus impulsos, é isso? Sim, porque você deve agredir seus namorados apenas em situações de discórdia. Quando tudo está bem não me parece que ocorram agressões.

Chama atenção o fato de que uma mulher agrida fisicamente um homem. Em geral, o que ocorre é o oposto: homens, aproveitando-se de sua força física, agridem as mulheres quando elas não se submetem às suas vontades. Assim, suas agressões, provavelmente, ocorrem por impulso, em momentos em que você literalmente perde a noção do perigo.

Agredir os homens: possíveis causas 

Existem alguns transtornos que poderiam explicar esse seu comportamento, mas, certamente arriscar algum diagnóstico com poucas informações a seu respeito não seria conveniente. Assim, o que podemos observar é que você, provavelmente, não consegue digerir certas frustrações de seus relacionamentos e a única forma que encontra para lidar com essas frustrações é a agressão.

É importante, portanto, que você aprenda a lidar de uma forma mais adequada com aquilo que não lhe agrada nos relacionamentos amorosos.

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Com lidar com o parceiro sem agredir

– Tente conversar mais com seu parceiro;

– Tente entender se aquilo que você espera dele é razoável ou possível;

– Encontre meios de conter seus impulsos agressivos saindo do ambiente para evitar a agressão;

– Tente se acalmar antes de continuar uma discussão;

– Busque formas de substituir a agressão por algum comportamento mais adequado a uma pessoa adulta.

Pode ser que seu comportamento esteja ligado a um distúrbio bioquímico, como foi dito acima, mas, nesse caso, seria adequado que você consultasse um psiquiatra, pois só ele poderia diagnosticá-la adequadamente e, se necessário, medicá-la.

Sem dúvida, uma terapia pode ajudá-la a se entender melhor e lidar melhor com seus impulsos. Você relata que já fez terapia por uns tempos e melhorou. Talvez valha a pena retomar a terapia no sentido de completar o trabalho de autoconhecimento e ajudá-la a encontrar opções mais adequadas para lidar com frustrações.

 Não desista de si mesma! Apenas tente aceitar e entender suas características pessoais e ajustá-las ao seu momento evolutivo. Uma criança bate porque não tem outros recursos para aliviar-se. Um adulto tem, e sempre terá, a possibilidade de substituir agressão física por comportamentos que aliviem seu sofrimento sem machucar fisicamente o causador de suas frustrações. Pense nisso.