por Rosemeire Zago
O que fazer quando amigos e familiares estão distantes e nos sentimos sós? Ou quando estamos nos recuperando de uma separação e por mais que desejemos alguém ao nosso lado, não conseguimos ter vontade de fazer nada além de ficar deitados, prostrados, na cama? Ou ainda, há momentos que realmente não temos com quem partilhar o que sentimos ou com quem fazer algo e nos sentimos perdidos. Já falamos que o primeiro passo é convivermos bem com nossa própria companhia. Mas também podemos buscar preencher o tempo com atividades, que acima de tudo, nos proporcionem prazer.
Há quanto tempo você não faz algo que gosta? Você pode responder que não tem companhia, mas será que é mesmo preciso outra pessoa para fazer o que gosta? E por falar nisso, o que você gosta de fazer? Agora pense nos motivos que deixou de fazer o que gosta. O que o impede de retomar algumas dessas atividades? A falta de tempo, de dinheiro, companhia? Ou a falta de vontade? Seja qual motivo for, sempre é tempo de fazer algo por si mesmo. Há muitas coisas que se pode fazer mesmo sem dinheiro ou sem companhia, e até sem muita vontade, o importante é começar, se permitir voltar a sorrir, viver.
Procure velhos amigos (as)
Para quem está se sentindo sozinho poderá começar entrando em contato com pessoas que não fala ou não vê há algum tempo ou há muitos anos. Faça uma lista de nomes com seus respectivos telefones, celulares, e-mails, atualize cada um deles e entre em contato. Será muito bom ouvir a voz de quem não ouve, quem sabe, há anos. É sempre bom rever amigos de infância, saber como estão, eles têm o poder de nos trazer muitas lembranças agradáveis. Marque de se encontrarem, vocês poderão passar algumas horas juntos, e quem sabe, dar boas risadas.
Você tem cumprimentado as pessoas que gosta no dia de seus respectivos aniversários? Que tal anotar essas datas em uma agenda e dar a satisfação de sua lembrança a algumas pessoas?
Pense ainda em praticar a solidariedade! Você sabe como o mundo está precisando disso. Quantas pessoas estão num leito de hospital sem receber uma visita? Quantas crianças estão num orfanato esperando dia após dia por um abraço? Quantos idosos não estão esquecidos em casas de repouso? Quanta experiência você poderá adquirir nesses lugares? Por que não reservar umas horinhas de seu tempo e fazer um trabalho voluntário? Tem muita gente precisando da sua ajuda. Você pode pensar que já está com tantos problemas que não consegue sequer pensar em oferecer ajuda a outra pessoa. Será que não consegue mesmo? Quem sabe você poderá perceber que sua vida não está tão ruim assim, e mesmo pensando não ter forças para ajudar alguém, poderá se surpreender com o carinho e amor que existe dentro de você e que poderá doar a quem realmente precisa. E acima de tudo, perceberá o quanto você mesmo irá receber.
Trabalho voluntário
Se quiser realizar um trabalho voluntário uma opção é o C.V.V. – Centro de Valorização da Vida. Para obter mais informações e/ou se inscrever é só acessar o site http://www.cvv.org.br. Há um treinamento e depois poderá escolher o local, dia da semana e horário compatível com sua disponibilidade. Outro site muito interessante é http://www.voluntarios.com.br. Lá você encontrará uma entidade ou causa de seu interesse bem perto de sua casa ou trabalho. Para quem deseja trabalhar com crianças portadoras de câncer pode acessar o site Abrace: http://www.abrace.com.br/wtk/pagina/voluntarios. Outro site interessante é http://www.trabalhovoluntario.org.br, onde você poderá também se cadastrar.
Há muitos outros sites que você poderá encontrar, é só ter disposição e principalmente muito amor em seu coração. Faça isso por quem precisa e acima de tudo por você mesmo! Tenho certeza que sua vida terá outro sentido.
Você também pode ocupar seu tempo fazendo um faxina em seus armários. Quantas roupas, toalhas, lençóis, sapatos, enfeites, louças, etc, você não usa de fato? Sua doação poderá fazer alguém feliz. Lembre-se que tudo aquilo que doamos de coração recebemos em dobro. Essa é a lei da natureza. Muitas vezes ficamos tão presos a nossa própria dor que nos tornamos imunes à dor de outra pessoa, e nos esquecemos que é no processo de doação de amor que podemos encontrar o caminho da nossa própria cura!