por Saulo Fong
Há três fatores importantes para que um relacionamento de casal seja duradouro e, ao mesmo tempo, traga plenitude para ambos.
Esses três fatores têm o mesmo grau de importância. Mas vou começar pelo sexo, pois o instinto sexual na maioria das vezes é a chama que acende e incita os parceiros a se conhecerem melhor e se relacionar. Para que uma relação seja plena, a vida sexual do casal precisa ser satisfatória para os dois na maioria das vezes. Digo isso, pois existe um contraponto: se ambos estiverem bem sem sexo, ambos terão uma vida plena. Mas se um dos dois estiver sentido falta, isso vai afetar a relação tendo como consequência transtornos de humor que podem variar conforme a pessoa, como por exemplo: desânimo, depressão, irritabilidade, etc.
O sexo é uma atividade natural, básica e instintiva em todos os animais. Mesmo com o avanço da tecnologia e da medicina, o sexo continua sendo a principal atividade para que a vida continue seguindo seu destino.
No ser humano, o sexo ainda proporciona momentos de prazer, carícias e afeto. É um momento íntimo onde o casal pode se conhecer, se abrir e se tornar vulnerável um para o outro fortalecendo o vínculo entre eles. Cada um tem uma necessidade sexual própria e conhecer a própria sexualidade e a do parceiro é fundamental para que ambos fiquem satisfeitos através desse ato tão natural.
Muitos casais também se unem por afinidade de atividades, cultura ou ideias, e o segundo fator que ajuda a manter o casal unido é ter uma vida em comum.
Compartilhar momentos juntos em atividades que tragam satisfação para ambos, como por exemplo, viajar para locais diferentes, participar de cursos, sair com amigos em comum ou participar de qualquer outra atividade onde ambos estejam de acordo, é importante para que o vínculo afetivo também se fortaleça e a relação se torne ainda mais plena.
O terceiro fator tão importante quanto os dois primeiros, mas talvez o mais difícil de ser praticado, é aceitar o outro como ele é. O amor é um termo que traz diferentes significados e sentimentos para as pessoas, e na minha visão está relacionado à aceitação do outro.
As pessoas são educadas desde criança com base nas crenças e valores da própria família. Cada uma tem em seu íntimo e em sua mente aquilo que acredita ser importante para si. O problema começa quando essa pessoa acredita saber o que é o certo para o parceiro e aí tentar mudá-lo.
No relacionamento amoroso, unem-se duas pessoas que foram educadas com crenças, valores e experiências bem distintas. Isso pode causar um desconforto depois que a fase da paixão termina e cada um começa a manifestar o seu jeito natural de ser.
Julgar, rotular e cobrar o parceiro são formas de tentar mudar o outro. Essas atitudes apenas colocam mais tensão no relacionamento. Quando um dos dois não suportar mais essa tensão, a relação deixará de ser plena e o convívio se tornará desgastante.
Tomar consciência de que cada pessoa é única no seu jeito de ser e se manifestar, e aceitá-la mesmo assim, respeitando sua liberdade e individualidade, faz com que ambos cresçam e se desenvolvam no relacionamento.
Nesses três fatores, o autoconhecimento é fundamental para que cada um saiba lidar consigo mesmo na sexualidade, nas atividades diárias e no desconforto causado pelo jeito do outro ser e se manifestar.
O relacionamento de casal, da forma que cada um escolher vivenciá-lo, pode ser uma experiência transformadora para que ambos se sintam mais plenos em suas próprias vidas.