Sexo com hora marcada funciona?

Saiba como essa dinâmica do sexo com hora marcada pode ser inserida naturalmente na vida a dois, principalmente em relacionamentos longos

E-mail enviado por uma leitora:

“Normal em uma relação longa, com a rotina, o sexo esfriar… Logo, essa questão do sexo espontâneo é um mito? Seria mesmo saudável programar certos dias da semana para transar e com uma certa hora do dia para isso acontecer? Mas… e se um tem mais tesão do que o outro em relação a essa frequência, como combinar isso? Agradeço muito se você puder me ajudar.”

Resposta: A questão do sexo espontâneo pode ser considerada tão mito quanto a crença de que a vida sexual do casal desaparece com a convivência.

O desejo sexual em uma relação de longo prazo requer ingredientes que o mantenha ativado. Coisa que, em geral, os parceiros nem percebem que deixam de fazer isso por se distraírem com as demandas que enfrentam juntos, as mudanças e os acontecimentos inesperados que os absorvem no dia a dia. E o sexo, muitas vezes, vai descendo na escala de importância no convívio, até esfriar.

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Sexo com hora marcada funciona?

O desejo sexual se constrói e se renova durante a relação, desde que o casal também se coloque na agenda de compromissos como um investimento a ser considerado. Entenda que isso não significa programar um tempo apenas para, de repente, transar. Mas sim cravar momentos de prazer a dois que reaproximem e abasteçam o reservatório erótico de cada um, estimulando assim para o sexo.

Ou seja, esse é um movimento conjunto para adaptar o sexo a cada etapa da vida, de acordo com as circunstâncias possíveis, sem perder de vista a devida importância que isso tem para o bem-estar no relacionamento.

Nesse sentido, os acordos para a sustentação do desejo sexual na vida a dois devem incluir o diálogo sobre as expectativas individuais e de ritmo no prazer sexual, e as formas confortáveis para contemplar a satisfação de ambos os lados.

Por fim, a qualidade da vida sexual no compromisso estável e duradouro sempre envolve planejamento, determinação e engajamento constantes.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br