por Marcelo Toniette
Resposta: A atividade sexual pressupõe que a pessoa esteja bem no aspecto emocional e no aspecto orgânico. Uma pessoa que atravessa por alguma doença ou distúrbio, geralmente terá pouca (ou nenhuma) disposição para lançar-se em uma atividade do cotidiano, ou mesmo em prática sexual.
Após o infarto a retomada da vida sexual, assim como as demais atividades do cotidiano, a pessoa deve estar sob acompanhamento médico. É comum a pessoa apresentar a diminuição do desejo sexual, a diminuição do número de orgasmos, ou até mesmo a suspensão das atividades sexuais. É bom lembrar que junto aos problemas cardíacos nota-se a presença de depressão, diminuição do desejo sexual, cansaço, entre outros, que constituem fatores que não favorecem a atividade sexual.
A retomada das atividades do cotidiano, inclusive a prática sexual, geralmente ocorre entre duas a quatro semanas após o enfarto. Esta retomada deve ser gradual, acompanhada pelas recomendações médicas. Assim que a pessoa conseguir realizar atividades físicas leves, ela estará pronta para reiniciar a prática sexual. Isto equivale a pessoa subir dois andares de escada sem ter dor no peito ou sentir-se cansada, o que do ponto de vista físico indica que tem condições de praticar sexo.
A medicação utilizada no tratamento das doenças do coração pode gerar dificuldade na obtenção e/ou manutenção da ereção, diminuição do desejo sexual, sonolência, entre outros sintomas. Por outro lado, jamais a pessoa deve suspender o uso da medicação sem orientação médica. O médico deve ser consultado a fim de realizar o ajuste da dosagem, ou mesmo do horário do uso da medicação, para que os sintomas colaterais sejam minimizados.
Com relação às pessoas hipertensas, o sexo não oferece perigos. Como exposto anteriormente, é importante a adoção de hábitos saudáveis, dentre eles a reeducação alimentar e a prática de atividade física. Atividade física é indispensável para pessoas saudáveis e, principalmente, para pessoas que apresentam algum tipo de problema no coração.
É comum que as pessoas enfartadas desenvolvam o medo de que o infarto ocorra novamente. Mas este medo não tem fundamentação científica, pois pesquisas revelam que não existe tal ligação.
Muitas pessoas evitam o contato com o seu parceiro(a) sob a justificativa de que isso poderia afetar o coração, ou mesmo trazer algum tipo de prejuízo. O cuidado que se deve ter é que se esta justificativa não mascara a presença da falta de desejo sexual, ou mesmo algum outro tipo de dificuldade no relacionamento do casal.
Com relação à prática sexual e à hipertensão, consideremos que a prática sexual pode ser compreendida enquanto uma modalidade de atividade física. Pesquisas mostram que a atividade física contribui para a diminuição da pressão arterial. Por outro lado, isto não dispensa o acompanhamento médico para manter o controle da pressão elevada. Se você tem hipertensão, é importante que você consulte-se com um médico cardiologista. A partir de uma avaliação do seu caso, este profissional poderá orientá-lo de forma mais específica.
Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento