Apoie-se no seu Ser Interior, ou seja, na sua dimensão interior, e siga sua verdade, buscando um equilíbrio com a dimensão exterior da vida – a do ter
Consideração e identificação são complicadores sociais. Abrir mão de valores pessoais é terreno arenoso que pode atrasar. Carências e necessidade de aceitação podem deformar o ser.
É fundamental que a dimensão interior (dimensão do ser), e a dimensão exterior da vida (dimensão do ter), sejam alimentadas de forma balanceada. Equilibrar estes níveis do existir e conhecer suas aspirações mais profundas é a melhor forma de se prevenir dos efeitos, muitas vezes deformantes, da opinião pública e do senso comum. A submissão decorrente da escassez de recursos interiores, relativos ao ser, guarda íntima relação com estados de ansiedade e depressão em vidas nas quais o ter é sobrevalorizado.
Cada um mostra em atitude e exemplo pessoal o melhor que consegue fazer, sendo o melhor de alguns muito pouco em relação ao melhor de outros! Conforme o nível de consciência a vida se afasta de relações do tipo perde-ganha em favor de relações do tipo eu ganho e você ganha. Não adianta pensar que seria capaz de fazer qualquer coisa melhor. Sempre fazemos nosso melhor e às vezes com muita má vontade! Afinal se poderia fazer melhor por que não fez?
Estamos na idade mídia e a lipoaspiração do ego e o botox na autoestima são muito mais necessários que o autoengano da ilusão plástica de se agarrar a aparências e valores efêmeros.
Autoaprimoramento
Confúcio disse que “Sou fadado a mesmo enquanto caminho na companhia de dois homens quaisquer, aprender com eles. Imito as qualidades de um; os defeitos do outro, corrijo-os em mim mesmo ”.
Apontar ao invés de reparar em si o possível, paralisa o processo de desenvolvimento pessoal na prepotência de se julgar melhor que o outro. Fazer seu melhor ao invés de apontar erros é um caminho a ser pensado. O erro perturba a vida de quem o comete e, de modo inevitável promove a consciência a outro patamar. Devemos procurar aqueles que nos inspiram do profundo e que nos estimulem com ações, não com palavras.
A autopromoção e o denegrir a imagem de outrem devem ser vistos com cautela, sendo úteis para ensinar sobre quem os pratica. A melhor autopromoção é o florescimento de nossos atos. É preciso esforço para melhorar e merecer programas que auxiliem a sair do “sempre mais” rumo à simplicidade do “cada vez menos”. Toda atenção é pouca, especialmente em tempos que se discute o “sexo dos anjos” enquanto o erotismo vigente assalta o patrimônio.
Enquanto nos fixamos em melhor ou pior, vivemos na prisão da comparação, classificação e julgamento constantes. A chave é perceber-se diferente, a partir do que melhor e pior se dissolvem na liberdade de expressar e no encontro com aquilo que é único e habita cada ser vivo, essência de mensagem a ser realizada em vida.