Por Edson Toledo
Lista de sinais em que os pais e cuidadores devem ficar alerta.
Comportamentos mais diretos:
– Tentativas de suicídio anterior.
– Mudanças repentinas de comportamento.
– Ameaça de suicídio ou expressão/verbalização de intenso desejo de morrer.
– Ter um planejamento para o suicídio.
– Sinais observáveis de depressão
– Oscilação de humor, pessimismo, desesperança
– Desespero, desamparo
– Ansiedade, dor psíquica, estresse acentuado.
– Problemas associados ao sono (excessivo ou insônia)
– Intensa raiva, desejo de vingança.
– Sensação de estar preso e sem saída
– Isolamento: família, amigos, eventos sociais.
– Mudanças dramáticas de humor
– Falta de sentido para viver
– Aumento do uso de álcool e/ou outras drogas
– Impulsividade e interesse por situações de riscos
Comportamentos indiretos:
– Desfazer-se de objetos importantes
– Conclusão de assuntos pendentes
– Fazer um testamento
– Despedir-se de parentes e amigos
– Casos extremos de irritabilidade, culpa e choro.
– Fazer carteira de doação de órgãos
– Comprar armas, estocar comprimidos.
– Fazer seguro de vida
– Colocar coisas em ordem
– Súbito interesse ou desinteresse em religião
– Fechar a conta corrente
Comportamentos verbais diretos:
– “Eu quero morrer”.
– “Gostaria de estar morto”
– “Vou me matar”
– “Se isso acontecer novamente, prefiro estar morto”
– “A morte poderá resolver essa situação”
– “Se ele não me aceitar de volta, eu me matar”
– “Quero sumir. Não aguento mais! Só morrendo mesmo para aguentar”
Comportamentos verbais indiretos:
– “Se isso acontecer novamente, acabarei com tudo”
– “Eu não consigo aguentar mais isso”
– “Você sentirá saudades quando eu partir”
– “Não estarei aqui quando você voltar”
– “Estou cansado da vida, não quero que continua.”
– “Tudo ficará melhor depois da minha partida”
– “Não sou mais quem eu era”
– “Logo você não precisará mais se preocupar comigo”
– “Ninguém mais precisa de mim”
– “Eu sou mesmo um fracassado e inútil. Tudo seria melhor sem mim”
O fato é que quando a situação requerer atenção e intervenção, a recomendação da Organização Mundial da Saúde e que os pais ou pessoas próximas procurem um momento de tranquilidade para conversar com o adolescente sobre suicídio. O importante, nesse momento, é ouvir com a mente aberta e não oferecer julgamentos ou opiniões vazias. Só assim a pessoa se sentirá acolhida e a ajuda poderá surtir efeito.
Tanto psiquiatras quanto psicólogos poderão ajudar, nas suas respectivas áreas, no atendimento a esse adolescente. Psiquiatras (remédio) e psicólogo (psicoterapia) devem trabalhar em parceria.
O remédio auxilia muito em casos graves de depressão e de angústia. Nesses dois pontos ele é eficaz, porque ele dará condições para o tratamento psicoterápico funcionar. Mas a raiz da depressão é o comportamento. A causa não é química, mas o efeito é químico. Qualquer transtorno tem uma correspondência cerebral.
Por fim, para quem não pode pagar por atendimento psicológico ou psiquiátrico, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o serviço por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Para ler o artigo anterior – Risco de suicídio na adolescência – clique aqui