Da Redação
Segundo estudos da organização mundial da saúde (OMS), 12 mil bebês nascem com a SAF (Síndrome de Alcoolismo Fetal) por ano.
A organização não governamental The National Organization on Fetal Alcohol Syndrome (Nofas) apresentou uma pesquisa em que cerca de 40 mil crianças por ano em todo o mundo sofrem de SAF, número que supera doenças como Síndrome de Down e distrofia muscular. No Brasil, não existe nenhum dado oficial que determine quantos bebês são atingidos pela doença, mas o número de casos pode ser muito grande, já que na maioria das vezes não é diagnosticada.
Com o consumo excessivo de bebida alcoólica, a substância é absorvida pelo bebê através da placenta, e é responsável por grande parte das deficiências apresentadas pelos recém-nascidos. Após o nascimento, surgem alguns sintomas, que são conhecidos como EAF (efeitos do álcool no feto) e os mais comuns são: baixo peso ao nascer, disformismo facial (lábio superior mais fino, cabeça menor do que a média), má formação de alguns órgãos e dificuldade em desenvolver habilidades como a fala e a coordenação motora.
Segundo o pediatra e neonatologista Jorge Huberman (Hospital Albert Einstein), tudo o que a grávida absorve, seja alimentação, bebidas ou drogas, é levado diretamente ao organismo do feto, o que pode trazer benefícios ou danos à saúde do bebê.
“É importante que as mães saibam que qualquer quantidade de álcool ingerida pode trazer riscos à saúde do bebê, e isso também vale para medicamentos e outras drogas”, explica.
Para que a SAF seja diagnosticada, é necessário que o pediatra seja informado dos hábitos da mãe na gravidez e se existe histórico de alcoolismo na família.
Segundo o especialista, o tratamento varia de acordo com cada caso já que cada criança apresenta sintomas específicos.