por Blenda de Oliveira
“Estou tentando tomar a difícil decisão da separação, mas tenho pensado muito em minha filha de seis anos, pois atualmente moro no Mato Grosso e com a separação irei para Santa Catarina. Tenho sofrido muito em silêncio pelo pai e pela filha que irão ficar longe”
Resposta: Sugiro que rompa o silêncio com seu marido.
Assim como o casamento, uma separação é decidida e planejada a dois, principalmente quando há filhos envolvidos. Conversar e deixar claro entre vocês facilitará para sua filha que com certeza já deve estar sofrendo com a perspectiva da separação.
Depois de conversar e planejarem como será a separação, o que farão com a variável da distância: quantas vezes sua filha poderá estar com o pai; comunicação sempre que qualquer um desejar, seja por telefone ou qualquer meio virtual – é importante que vocês dois sentem juntos e conversem com ela. Neste momento é importante que vocês ouçam o que sua filha tem para dizer sobre seus sentimentos, desejos, medos e tristezas.
Existe alguma possibilidade de não precisar fazer uma mudança imediata de cidade?
Há chance de manter por um período, mesmo pequeno, a rotina da sua filha no sentido da convivência com o pai?
É importante que a separação não os separe como pai e mãe, que sua filha sinta-se amparada pelos dois.
A separação por si só já traz muita tristeza, dúvidas e medos para os filhos, mesmo que aconteça de uma maneira tranquila.
Entretanto, a distância física de um dos pais seguida à separação pode aumentar os desconfortos emocionais, por isso estejam atentos, pai e mãe, às reações de sua filha durante o processo.
Boa sorte!