por Patricia Gebrim
Será que precisamos seguir sempre pelos mesmos caminhos?
Quando eu penso na palavra liberdade, sinto um arrepio de prazer, um prazer que é ao mesmo tempo assustador, a ponto de me fazer querer esquecer dessas coisas branquinhas chamadas asas.
Porque não existe a possibilidade da liberdade sem uma boa dose de risco e ousadia.
Eu confesso… às vezes dá medo ser livre!
Parece simples, mas é preciso muita coragem para que sejamos de verdade livres. Coragem para arriscar o nosso próprio movimento, para suportar que discordem de nós, para conviver com a incerteza de novos vôos.
É preciso coragem para deixar um emprego que mata a nossa alma, mas nos garante um salário ao final do mês.
É preciso coragem para fazer escolhas que fogem às escolhas aceitas pelas pessoas que convivem conosco ou pela sociedade.
É preciso coragem para uma mulher assumir que simplesmente não quer ter filhos.
É preciso coragem para um homem decidir cuidar da casa enquanto a sua esposa faz o papel de provedora.
É preciso coragem para assumir frente aos outros uma sexualidade diferente da considerada “normal”.
É preciso coragem para tantas coisas… mas como podemos ser livres sem essa coragem? Como ser livres se tivermos que corresponder às expectativas de tanta gente?
Para que sejamos livres, precisamos ser capazes de estar ao nosso lado, arriscar nossas próprias escolhas, gastar as solas de nossos sapatos sem seguir nenhum mapa, que não o traçado por nosso próprio coração.
Assim, pare de esperar pela aprovação dos outros. Pare de se preocupar com as críticas dos outros. Pare de agir como uma pequena criança que precisa crescer antes de se acreditar capaz de escolher. Cresça agora e honre quem você é. Honre as suas verdades e arrisque seus próprios passos. Abra suas asas e arrisque seu próprio vôo.
Sinta essa deliciosa sensação de pegar a si mesmo no colo e lançar-se pela vida com a mesma curiosidade e determinação com que uma criança se solta do topo do escorregador.
Posso lhe garantir que será divertido ! (mesmo que, vez ou outra, você rale os joelhos ou caia de cara na areia).