por Joel Rennó Jr.
Resposta: O sonambulismo, por definição, não é secundário ao uso de medicamentos, embora tais medicamentos possam desencadeá-los em algumas pessoas predispostas. De uma forma geral, inicia-se nas primeiras horas de sono (entre uma a três horas após o adormecer e geralmente no primeiro ciclo de sono). Sua duração é variável, desde poucos segundos até vários minutos. Se o sono não for interrompido, o episódio de sonambulismo termina espontaneamente e a criança – sempre a mais afetada -, continua a dormir em estágios profundos de sono.
Na maioria dos casos nenhum tratamento é necessário. O sonâmbulo e a família devem ser orientados de que esses eventos raramente indicam problemas médicos ou psiquiátricos sérios. Nas crianças, os episódios de sonambulismo tendem a diminuir com a idade, ocasionalmente persistindo na idade adulta.
O sonambulismo pode ser induzido por substâncias ou medicamentos depressores do sistema nervoso central, como por exemplo, antipsicóticos, hipnótico-sedativos, antidepressivos tricíclicos, hidrato de cloral. Nesses casos, aplica-se o diagnóstico de Transtorno do Sono Induzido por Substância, tipo Parassonia.
A melhor forma de lidar com essa e outras questões é sempre fazendo o uso de tais medicamentos, quando necessário, com orientações e acompanhamento médico. O sonambulismo deve exigir o acompanhamento da pessoa e também cuidados para que não haja acidentes. A pessoa sonâmbula deve ser acompanhada com cuidado e evita-se acordá-la abruptamente. Até porque o tempo é pequeno. A suspensão do medicamento é necessária.
Pessoas que sofrem de insônia, antes de tudo, devem fazer uma avaliação pormenorizada do distúrbio do sono em questão. Há muitos subtipos diferentes. Geralmente, os médicos avaliam o paciente e solicitam a polissonografia. Esse exame é importante para um diagnóstico diferencial entre os vários tipos diferentes de distúrbios do sono.
Doenças clínicas, uso de determinados medicamentos, ingestão excessiva de chá preto e cafeinados, excesso de atividades físicas e intelectuais no período noturno, alimentação exagerada no final da noite, estresse, entre outros fatores, podem causar insônia. Nem sempre tais medicamentos hipnótico-sedativos devem ser instituídos imediatamente.
Um alerta deve ser feito para o uso crônico de sedativos que podem causar dependência (a maioria deles), prejuízos sérios da qualidade do sono, fadiga, depressão e perda de memória. Quando tais medicamentos forem utilizados devem ser pelo menor tempo possível (4 a 6 semanas) e com acompanhamento médico.
A autoprescrição e automedicação são condutas erradas e que devem ser proscritas pela sociedade. devido aos sérios riscos envolvidos.
Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento