por Marta Relvas
Aprendemos na infância que o indivíduo considerado inteligente é aquele que aprende muitas coisas, que estuda muito, ou que se apropria de um determinado conhecimento, arquiva na memória, através da observação e experiência.
Segundo o senso comum nos dias atuais, é a capacidade que as pessoas têm para assimilar conhecimentos.
Nesse sentido, o conceito de aprender estaria intimamente ligado ao de inteligência. Isto significa que somos mais inteligentes porque aprendemos com mais facilidade aquilo que nos é ensinado com prazer.
Inteligência seria a facilidade de aprender, apreender e compreender ou adaptar-se facilmente às situações da vida.
Em resumo, inteligência é a capacidade de aprender e de saber utilizar o que aprendeu. O conhecimento popular não está distante do conhecimento técnico, pois a palavra inteligência tem sua origem na junção de duas outras palavras que vêm do latim – inter – entre eligere – escolher, sendo assim seria a capacidade de escolher entre.
Assim sendo, seríamos mais inteligentes à medida que conseguimos tomar decisões. Neste caso, o aprender estaria ligado ao conhecimento necessário a habilitar-nos para fazermos escolhas, pelo menos coerentes.
Ser inteligente vai mais além, pressupõe a capacidade de saber utilizar-se do que aprendeu. Em sentido mais amplo: "Significa a capacidade cerebral pela qual conseguimos penetrar na compreensão das coisas escolhendo o melhor caminho" – (Antunes, 1999.11).
A arte de viver perpassa pelo grande desafio humano, que é conduzir a inteligência cognitiva junto com as reações das emoções. Pode-se acrescentar que a capacidade de aprender a lidar com as emoções e de ser inteligente está ligada à compreensão existente entre a relação cognitiva/emocional. E quando o humano entende e desenvolve essa capacidade interligada, provoca o equilíbrio nesse processo de aprendizagem, principalmente quando esse é percebido pelo próprio indivíduo, através de suas experiências e maturidade neurobiopsicológica. Isto nos leva a supor que o sentimento dado à emoção no momento do aprender, interfere no resultado final do processo de uma aprendizagem com significado.
Inteligência pode ser desenvolvida através de atividades prazerosas
A inteligência na sua totalidade ou em sua parte funcional pode ser desenvolvida, quando: exercitada tanto nos processos cognitivos, quanto afetivos/emocionais e motores através de:
– palavras-cruzadas, jogo dos erros;
– boa leitura;
– boa conversa com amigos;
– viagens;
– autoconhecimento emocional e espiritual;
– ginástica e alongamento para o corpo.