por Roberto Santos
“Empresas tendem a privilegiar os extrovertidos, mas isso não incacita os mais tímidos a ocupar os mesmos cargos”
Resposta: A introversão como a timidez não é uma doença limitante para quaisquer cargos ou ações. Os introvertidos têm apenas uma forma diferente de buscar e empregar sua energia em seu ambiente.
A timidez que pode ser confundida com a introversão, tem um outro caráter que faz com que não consigamos nos impor assertivamente sobre outras pessoas. Há porém pessoas extrovertidas que adoram estar com outras pessoas, que são falantes, amigáveis, acessíveis, mas que em uma situação em que tenham que falar para um grande público tremem na base.
Pode parecer mais raro, mas também existem pessoas que carregam suas baterias quando estão sozinhas, que são mais quietas e reservadas, mas que quando necessário, enfrentam situações onde têm que se impor como líderes ou oradores, e o fazem como sucesso. Como aborda Susan Cain em um livro recente (2012) que lhe recomendo — “O Poder dos Quietos” — nosso mundo é da valorização dos extrovertidos e desinibidos que estão falando e se mostrando o tempo inteiro.
Talvez a maioria das promoções para cargos de chefia nas empresas privilegiem essas pessoas, fazendo com que pessoas, como você, acreditem que têm uma “necessidade especial” e que as incapacita para tais cargos.
A liderança eficaz tem muito menos a ver com a sociabilidade e a capacidade de falar pelos cotovelos e muito mais com a capacidade de saber fazer as perguntas certas, e sabe ouvir de forma atenta e genuína, equipado com sensibilidade interpessoal para respeitar empaticamente os subordinados — algo em que você, provavelmente, seja muito bom. Então, meu amigo, mais que se desvalorizar por ter um estilo que não corresponde à maioria, use suas fortalezas e conquiste a confiança, respeito e admiração de sua equipe pelo que tem de melhor.