por Margareth Reis
Depoimento de um leitor:
“Andei procurando alguma coisa sobre o assunto ‘sexo’ e encontrei seu contato. Não sei se esta será uma forma de obter ajuda, mas vou tentar um conselho seu. Tenho 30 anos, sou homossexual e estou me sentindo atordoado por meus pensamentos, sentimentos e atitudes – acredito que estou com problemas. Eu penso muito em sexo. Não posso ver um homem que antes de olhar para o seu rosto, já estou de olho no sexo dele, sem saber se o cara poderia ser interessante ou não. Muitas vezes, deixo os homens constrangidos com esse olhar, tenho alguma coisa que me excita em ver a ‘mala’ do homem, e se ele estiver excitado, perco totalmente o rumo. Procuro por isso principalmente quando bebo álcool; daí não consigo me controlar e fico procurando por homens o tempo todo. Até me exponho em situações constrangedoras. Nestes últimos dias estou começando a me controlar, pois já estou me incomodando com isto. Será que é caso de procurar um especialista? Poderia me ajudar? Aguardo um retorno. Obrigado.”
Resposta: Que tal começarmos pelos aspectos disfuncionais convergentes?
O primeiro refere-se ao seu descontrole em relação aos pensamentos sexuais.
O segundo diz respeito à sua busca desenfreada pelo seu objeto de excitação sexual, sendo esse uma parte específica de um corpo masculino, independente de quem quer que seja a pessoa em questão.
E, o terceiro aponta para o efeito do álcool em você, que o deixa mais desgovernado ainda – e mais próximo da “Praça” intitulada “Perigo à Vista”.
Assim sendo, você até começou a se controlar por conta própria, talvez por ter despertado para os riscos que essa “falta de freio” o coloca.
No entanto, a ajuda especializada é muito importante para você na busca, e no aprendizado da manutenção, de “medidas” e de “padrões” saudáveis para lidar com tudo que gravita em torno de sua vida.
Além disso, a combinação do tratamento psiquiátrico com a psicoterapia deve ser considerada, uma vez que a atenção nesse processo deve contemplar tanto o equilíbrio do seu estado de humor como a adaptação do seu repertório comportamental em termos de funcionalidade frente a todas as suas possíveis experiências existenciais.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo ou médico e não se caracteriza como sendo um atendimento.