por Silvia Maria de Carvalho
“Entendo perfeitamente você se sentir sozinha. Mas de fato, quem não é? Somos sozinhos nas nossas decisões e escolhas. Somos únicos. Ninguém tem as nossas qualidades e defeitos” Resposta: Sempre há o outro lado da moeda. Ter capacidade de ficar sozinha, consigo própria e com seus botões, tem vantagens impagáveis.
A maturidade emocional vem de ter aprendido com as frustrações, de perceber e aceitar que a vida não é exatamente aquilo que imaginávamos. É abdicar de sonhos, muitas vezes. Ter a condição de ficar sozinha aponta um grande sinal de maturidade. Não significa viver só, mas se aguentar consigo mesma.
Quando somos fiéis às nossas próprias escolhas, estamos livres para montar nossa vida sem a norma dos outros. Abre-se uma porção de possibilidades, que não estão escritas em lugar algum: são nossas! Temos que inventá-las. Você é responsável pela sua vida e pelas pessoas que elege para compartilhar momentos felizes.
Sim, momentos felizes! Que a gente os tenha sempre que possível. Porque viver o tempo todo feliz seria ignorar a realidade. Seria estar cego para este mundo e suas complexidades. Seria negar nossa finitude.
Nossa cultura ensina que devemos esconder ou disfarçar sentimentos, como se demonstrá-los fosse sinal de fraqueza. A sensibilidade não é valorizada, portanto.
Entendo perfeitamente você se sentir sozinha. Mas de fato, quem não é? Somos sozinhos nas nossas decisões e escolhas. Somos únicos. Ninguém tem as nossas qualidades e defeitos. Ninguém tem nossa história de vida. E é isso que nos torna especiais.
Poder conviver com as pessoas sendo diferente delas, é um presente. A riqueza das relações se dá com a troca e aprendizado. O que vamos fazer com alguém igual a nós?
Se você está sozinha, pode ser que precise se aproximar um pouco. Olhe as diferenças. Aceite as diferenças. Cresça com elas. Acima de tudo, procure se perdoar por suas fraquezas e valorizar sua conquistas.
Gostar de si mesma é mais importante do que parece. Se você não gosta, faça coisas para gostar! Viver dá trabalho. Viver bem dá mais trabalho ainda.
Mas estamos neste mundo para quê? Para ralar emocionalmente e sujar as mãos. Aproxime-se.