por Margareth dos Reis
“Tenho 26 anos, eu e meu marido temos uma vida sexual bem ativa, fazemos sexo pelo menos duas vezes ao dia, sete dias por semana. Tenho muito desejo por ele, pois ele é bem criativo, mas nunca cheguei ao orgasmo.”
Resposta: Assim como você, muitas mulheres sentem desejo sexual, se relacionam com parceiros que sabem provocá-las sexualmente, ficam excitadas durante a relação, mas não conseguem atingir o orgasmo.
O que se observa na maioria desses casos, é que a falta de intimidade que elas têm com o próprio corpo é flagrante, o que dificulta a descoberta de caminhos que poderiam levá-las a essa experiência tão intensa de prazer.
Para chegar ao orgasmo, é necessário que a excitação atinja o seu pico e por isso é tão importante conhecer bem o próprio corpo e os estímulos que podem potencializar as sensações de prazer. Somente assim é possível provar a intensidade e a duração indispensáveis nas estimulações para chegar ao clímax sexual.
O clitóris, por exemplo, é uma área que desempenha um papel muito significativo no orgasmo feminino. Muito sensível por ser uma região bastante enervada, requer estimulação em um ritmo e pressão adequados para provocar excitação, senão pode até machucar. Afora que toda sensação de gozo feminino se inicia no clitóris e se estende para a vagina. Assim, a prática da masturbação é uma ótima forma de se adquirir autoconhecimento corporal.
O conhecimento das respostas agradáveis que o corpo pode emitir na intimidade e uma boa comunicação que envolva o parceiro naquilo que mais se aprecia em termos de carícias, serão sempre grandes aliados na satisfação sexual que a mulher experimenta.
Além da falta de conhecimento sobre o próprio corpo, outros fatores, tais como os emocionais (que envolvem sentimentos negativos ou de culpa em relação ao sexo), relacionais (que podem estar associados à experiências sexuais anteriores insatisfatórias ou à falta de confiança na relação a dois atual), e/ou de saúde física, também podem interferir na experiência de prazer sexual da mulher.
Assim, em condições normais, cabe a você exercitar a exploração do próprio corpo e assim encontrar a(s) maneira(s) possíveis para chegar ao seu ápice sexual, ou havendo suspeita de algum fator que possa prejudicar o ato sexual, lançar mão de uma avaliação profissional (realizada por ginecologista e/ou psicólogo(a) especialista em terapia sexual).