Terapia da respiração classifica 84 ritmos respiratórios básicos

por Pedro Tornaghi

Não nos damos conta dos instrumentos que temos à mão para nos transformarmos para melhor.

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Se entendêssemos um pouco mais sobre como nosso corpo funciona, teríamos uma quantidade significativa de meios de autotransformação à nossa disposição. Se compreendermos, por exemplo, as relações existentes entre a respiração e nossas emoções, teremos acesso a meios de libertação psicológica e emocional extremamente simples. O estudo do mapeamento psíquico da respiração pode nos abrir novas portas e apontar melhores possibilidades para nossas vidas.

E é um conhecimento mais simples do que a grande maioria das pessoas imagina. E igualmente simples é a sua utilização. A parte alta do pulmão está para o futuro, como a mediana para o presente e a baixa para o passado. O lado esquerdo está para a emoção e a intuição; e o lado direito para a razão. Assim, por exemplo, abrindo e oxigenando melhor a parte alta esquerda do pulmão, conseguimos planejar melhor o futuro, e ventilando generosamente a região direita alta, estimulamos os centros nervosos responsáveis pela concretização de projetos.

É possível através da respiração, conhecendo o seu mapeamento, fazer uma revisão no que consideramos impróprio em nosso comportamento e em nossa condição interna emocional e psicológica, apenas estimulando certas regiões da respiração.

Desenvolvemos durante a vida alguns padrões de respiração que restringem o fluxo de energia a certas áreas de nosso corpo e privilegiam outras. Esses padrões, condicionam o comportamento, limitando reflexos e escolhas. Uma pessoa normal, varia durante o dia entre três a quatro padrões básicos de respiração e modula de um para outro sem nunca se dar conta do que eles significam. Por vezes ela acha que há algo errado com ela, que não tem determinados talentos para conseguir certas proezas e não se dá conta de que a resposta está logo abaixo de seu nariz, em seus pulmões.

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Por exemplo: se ela tem facilidade para estudar português, mas tem dificuldade para a matemática, nunca lhe passa pela cabeça relacionar sua dificuldade com a maneira de respirar. Ela simplesmente acha que tem um talento e o seu vizinho outro, e não percebe que varia, durante o dia, entre três ou quatro maneiras de respirar diferentes das adotadas pelo vizinho, que por sua vez, também se restringe a três ou quatro.

Ela possui a mesma capacidade respiratória dele, e, se aprender a observá-lo, entendê-lo e imitá-lo na maneira de respirar, vai desenvolver as mesmas regiões da inteligência que estão mais desenvolvidas nele. Sem perder os dons que já possuía, é importante que se diga, ela irá adquirir novos "talentos". Cada pessoa pode variar sem problemas entre dez ou doze padrões respiratórios durante o dia, sem deixar de alimentar seus talentos e vocações principais, mas desenvolver também outros lados de sua personalidade que estavam à sombra, por falta de alimento e estímulo.

E não apenas talentos podem ser desenvolvidos, mas o ânimo emocional pode ser totalmente revolucionado com a geografia da respiração. Por exemplo: uma pessoa com boa autoestima certamente tem um padrão respiratório totalmente diferente ao de uma vítima da pouca autoestima. Ao mudar o padrão respiratório correspondente, a baixa autoestima perde sua sustentação.

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Nem sempre é fácil mudar padrões estabelecidos no inconsciente. Não é fácil, mas é possível. Há mantras específicos de desencouraçamento das diferentes regiões do pulmão, assim como há ritmos respiratórios apropriados para mudar cada padrão viciado de respiração.

A Terapia da Respiração classificou 84 ritmos respiratórios básicos capazes de transformar a percepção e restaurar o fluxo vital do corpo, otimizando funções vitais e nos livrando de radicais livres. São ritmos desenvolvidos para mudar a amplitude, a qualidade e a profundidade da respiração, melhorando a ventilação nas diversas áreas do pulmão, estimulando todo o sistema vital, desenvolvendo a personalidade como um todo, nos tornando pessoas multitalentosas.

Melhorando o funcionamento dos sistemas respiratório, circulatório, digestivo, nervoso e endócrino e instituindo uma maneira de respirar plena e profunda, a Terapia da Respiração nos orienta para sua finalidade última: a libertação espiritual.

Para isso, ela se utiliza dos pranayamas do yoga e de respirações do Chi-kun, entre diversas técnicas milenares de respiração orientais, aliadas a descobertas recentes sobre os possíveis efeitos dos diferentes ritmos respiratórios.

É uma terapia acessível a todos, uma vez que todos os que estão vivos respiram, e têm o direito de mudar a maneira como vêm fazendo isso. É só experimentar.

 

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