Timidez: Quando é patológica, prejudicial e normal

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por Rosemeire Zago

Tenho 48 anos e uma timidez que me prejudica. Penso no que falar. Por causa da timidez, deixo de falar coisas muito importantes tanto para mim como para outrem.”

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Resposta: A timidez em geral é causada pela insegurança que se sente em relação ao próprio valor. Muitas vezes começa quando a pessoa ainda é criança e/ou adolescente e tudo que faz, fala ou pensa é considerado errado, gerando assim muita insegurança sobre seu modo de ser e uma preocupação excessiva com a opinião dos outros Como resultado, se fecha em seu mundo evitando se expor para não sentir-se humilhada, ameaçada, envergonhada, rejeitada.

Timidez crônica e situacional

Há a timidez crônica, que afeta todas as áreas da vida e a timidez situacional, que se manifesta em situações especificas.

A timidez é patológica quando evolui para a fobia social, que é considerada um transtorno de ansiedade e requer acompanhamento psiquiátrico, geralmente com medicação.

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A timidez pode ser considerada normal quando não priva a pessoa do convívio social nem lhe causa prejuízo.

Se você se sente incomodado por sua timidez, procure ajuda psicológica. Também há a alternativa dos grupos de auto-ajuda que seguem o mesmo modelo do Alcoólicos Anônimos (utilizando os 12 passos), denominado Introvertidos Anônimos – IA e têm grupos em várias cidades.

Dicas para lidar com a timidez

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– Domine a ansiedade: tente aprender a relaxar, utilizando técnicas simples de respiração profunda.

– Enfrente situações que causem medo: procure se expor aos poucos às situações que lhe cause ansiedade. Valorize seus sucessos e não apenas os fracassos.

– Aprenda a fazer e receber elogios: exercite elogiar as pessoas e receber elogios sem se menosprezar.

– Procure conversar com outras pessoas: não fuja das pessoas que não conhece, e quando conversar mantenha o contato visual.

– Pare de esperar o pior: Pensamentos negativos só trazem mais ansiedade, evite-os.

– Seja menos perfeccionista: Diminua a cobrança de fazer tudo perfeito.

– Seja você mesmo: não queira ser igual a ninguém. Evite também as comparações, identifique suas qualidades e seja apenas você.

– Evite idealizar: Não veja as pessoas acima de você, mas como iguais. Não se inferiorize.

– Seja flexível: não seja rígido com cobranças excessivas consigo mesmo.

E não queira agradar a todos, isso é impossível. Mas você pode começar agradando a si mesmo.

Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não cacracterizam-se como sendo um atendimento.