Transtorno de ansiedade e síndrome do pânico; diferenças

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade; fato que coloca o Brasil no topo da lista desse transtorno no mundo. Os brasileiros pouco sabem a respeito desses transtornos. Assim neste post veremos a diferença entre dois deles, o transtorno de ansiedade e a síndrome do pânico.

Grosso modo, a ansiedade nos acompanha desde os primórdios da humanidade; tem a ver com a nossa sobrevivência. Se observarmos desde a nossa mais tenra idade, ficamos ansiosos com eventos que estão por acontecer, seja um presente muito aguardado, um passeio programado, uma prova difícil, a chegada de um membro novo na família. Adultos também podem passar por situações parecidas. Enfim, ficamos pensando e criando expectativas diante destes eventos, nestes casos geramos sentimentos normais e até necessários para que possamos evoluir.    

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Reações fisiológicas da ansiedade  

A questão é que, para algumas pessoas, essa ansiedade assume proporções grandiosas ao ponto de causar na grande maioria reações fisiológicas que geram muito desconforto. Como: palpitações, falta de ar, tonturas, enjoos, sudorese. Podemos entender que esses sintomas apresentam características de uma crise de ansiedade.   

A questão é que em algumas pessoas essas crises de ansiedade inevitavelmente irão atrapalhar as atividades escolares/acadêmicas, as relações sociais, a vida profissional e até os relacionamentos mais íntimos.

Diferença entre síndrome do pânico e ansiedade  

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Já a síndrome do pânico é quando potencializamos os sintomas de uma crise de ansiedade. Você consegue imaginar uma situação assim? Portanto, uma grande diferença entre síndrome do pânico e ansiedade é que na síndrome do pânico a pessoa sofre com períodos de intensa ansiedade. São os chamados ataques de pânico, que quando acontecem são acompanhados por uma variedade de sintomas como dificuldades para respirar, suor frio, boca seca, perda do foco visual, pensamentos catastróficos e um medo de morte iminente. Reações muitas vezes confundidas com um ataque cardíaco.

Como dissemos, a diferença entre a síndrome do pânico e a ansiedade está na intensidade dos sintomas e na imprevisibilidade de sua ocorrência. Enquanto a ansiedade tem causas mais lógicas e concretas, como um desafio a ser enfrentado ou uma situação delicada que está para ocorrer, como vimos nos exemplos já citados, a crise de pânico por sua vez não tem hora nem motivo para acontecer, ela começa subitamente.

Síndrome do pânico acomete mais as mulheres

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Dados de pesquisas apontam que cerca de 70% dos casos da síndrome do pânico acontecem entre mulheres, principalmente jovens na faixa etária dos 15 aos 25 anos de idade. Ainda não se compreende a causa que leva as mulheres a serem mais acometidas que os homens ou a terem um maior risco de desenvolverem um transtorno de ansiedade ao longo da vida.

A boa notícia é que a síndrome do pânico tem tratamento com bons resultados para seus portadores, que inclui uma combinação de psicoterapia e terapia medicamentosa. O importante é procurar ajuda de um médico psiquiatra ou um psicólogo. Eles poderão avaliar o seu caso e indicar o melhor tratamento. No caso da psicoterapia a terapia cognitivo-comportamental tem demonstrado bons resultados no tratamento dos transtornos ansiosos.