Transtorno de Personalidade Narcisista: saiba o que é

O Transtorno de Personalidade Narcisista é caracterizado por um padrão generalizado de grandiosidade, da necessidade de adulação e falta de empatia ou de envolvimento e afeto com outras pessoas; saiba como age quem sofre desse transtorno

Acredita-se que esse transtorno atinja cerca de 10% da população, e que seja mais comum entre homens do que entre mulheres. Isso pode ser causado por uma combinação de fatores genéticos e socioculturais, onde se inclui aí a cultura machista. Os sintomas desse narcisismo ficam mais evidentes no início da vida adulta.

Pessoas narcisistas buscam admiração por sua beleza, inteligência, gentileza, ou outra característica positiva, pois precisam ter esse olhar de admiração, prestígio e influência para alcançar suas realizações. E é aqui que mora o perigo!

Como são pessoas com pouca empatia, elas não dão importância às necessidades ou às dores do outro, e podem ser bastante frias e calculistas para alcançarem o que desejam.

É comum encontrarmos histórias de pessoas que ‘se utilizam de recursos como encantar; são de um romantismo e de um apaixonamento teatral incrível; ávidas por seduzir’, para explorar outras pessoas e atingir a satisfação de seus objetivos, que podem ser desde obter influência profissional ou social, vantagem financeira, sem nenhum sentimento de culpa ou remorso, por prejuízos que possam causar a outras pessoas.

Quem tem transtorno narcisista desvaloriza “realizações menores”

Pessoas com transtorno narcisista têm desejos pessoais superestimados, sonham grande, investem em perspectivas de grandes realizações, pois se veem como superiores aos outros, e merecedoras e, por sua vez, subestimam e desvalorizam possíveis questionamentos críticos sobre seus planos ou investimentos; desvalorizam realizações menores ou mais cuidadosas de outras pessoas.

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Elas são intolerantes a críticas, podendo ser agressivas ou birrentas ou ter atitudes de distanciamento. Há também receio de serem desmascaradas desse perfil aproveitador por amigos, conhecidos ou terapeutas.

Para relacionamento buscam pessoas carentes afetivamente, com mágoas ou frustrações de relacionamentos anteriores e autoestima emocional frágil. Mas buscam pessoas ‘comuns’, tão sonhadoras ou gananciosas quanto elas para investirem em seus ‘projetos’, mas costumam buscar pessoas que tragam benefícios emocionais de aprovação, admiração, ‘marketing social’ para serem socialmente bem-vistas.

O número de mulheres seduzidas em apps de relacionamento, e o número de homens também seduzidos por mulheres narcisistas, é maior do que muitos imaginam. Isso porque as pessoas ainda têm uma ideia romantizada das relações e tendem a não acreditar que as pessoas possam manter relações por interesse.

A proposta romântica, aventureira, de repente uma desculpa que gera necessidade de empréstimo, ou do uso de cartão de crédito… às vezes envolvendo até mesmo seus familiares vai ocorrer. É um jogo de sedução que muitas pessoas não conseguem escapar.

Transtorno de personalidade narcisista tem cura?

É quase impossível pensar em cura para o narcisista. Aliás, é bastante doentio e enlouquecedor conviver em um relacionamento com uma pessoa que tenha transtorno de personalidade narcisista. Eles vão sempre manipular trazer medo, insegurança à relação, colocando o afeto na berlinda, caso seus desejos não sejam atendidos tipo: “se você realmente gosta de mim, me ama de verdade, você faria isso por mim”.

Portanto, cuidado nesses relacionamentos novos, de paixões intensas e envolventes… Estejam atentos(as) a pedidos de ajuda financeira de qualquer tipo; tenham lucidez para discernir afeto de interesses financeiros, profissionais ou sociais.

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Ninguém tem que ceder ou ajudar financeiramente, fazer empréstimos, financiar carros ou o que for para demonstrar amor ou esperar reconhecimento e afeto. Isso é golpe! E depois vai doer com prejuízo emocional de ter sido enganada(o) e o prejuízo financeiro.

Após terminar uma relação com um narcisista

Essas pessoas não se afastam, vivem tentando retomar a relação para tentar novas investidas. Não ceder é importante, pois ativam sonhos e desejos e fazem com que algumas pessoas voltem a investir, acreditar, “dar outra chance”. Cortar o vínculo é imprescindível.

Psicóloga, Mestre em Educação; Educadora e Terapeuta sexual pela Sbrash, Coordenadora e docente dos cursos de Pós-graduação lato sensu em Educação sexual e em Terapia sexual do ISEXP/ Sbrash. Docente dos cursos de pós-graduação em Educação sexual e Terapia sexual da UNISAL e coordenadora do pós de Terapia Sexual da UNISAL.

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