Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM); entenda

O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é bem mais agressivo que a TPM – Tensão Pré-Menstrual – e a mulher nem consegue ir trabalhar… Saiba os sintomas  

Cada vez mais a mulher ocupa espaço no mercado de trabalho e acumula funções. Um mundo cada vez mais moderno e veloz, com um turbilhão de informações que geram pensamentos acelerados nas nossas mentes. 

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Diante de todas essas modernidades e conquistas do espaço feminino, percebemos um agravamento de casos do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). Essas funções femininas agregadas podem favorecer ou potencializar os sintomas do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). E muitas mulheres não sabem lidar com eles, os quais são responsáveis pela alteração de humor em cerca de quase 10% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Ou também, mais de 2 milhões de casos por ano no Brasil. 

Diferença entre Transtorno Disfórico Pré-Menstrual e TPM

Ao se fazer uma comparação com a antiga TPM (tensão pré-menstrual) que todas já vivenciaram um dia, esse transtorno é mais agressivo. O que o difere da TPM é o fato de a mulher ficar incapacitada para trabalhar e também levar sua vida normal, muitas vezes. Ela chega a prostrar-se.

Os critérios diagnósticos do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) incluem: tensão, alteração de humor, irritabilidade, ansiedade, raiva, tristeza, entre outros, que tenham se manifestado nas duas últimas semanas do ciclo menstrual. Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo, interferindo na vida profissional e pessoal.

Existe tratamento sim. A prática de atividade física regular, alimentação balanceada com a orientação de um nutricionista, consultas ao psicoterapeuta para compreender as limitações e suas superações possíveis e, muitas vezes, o uso de antidepressivos com auxílio médico resultam na diminuição acentuada das queixas.

Na psicoterapia, a mulher vai compreender sua oscilação de humor e vai aprender a lidar melhor com suas habilidades de manejo quando as “crises” estiverem chegando, bem como aprende a se conhecer melhor, incluindo o seu corpo, que também faz parte do processo de amadurecimento feminino. 

Finalizo com uma frase da Milena Leão que nos diz assim: “Previsão do tempo: uma frente de TPM se aproxima. Irritabilidade alta na região dos pensamentos e autoestima baixa na região do coração.”

É por aí. Cuidem-se, meninas.

Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online

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