por Anette Lewin
“A obviedade em altas doses mata qualquer relacionamento”
Resposta: Provavelmente você andou ouvindo “palpites” que a deixaram insegura.
Talvez de quem lhe queira bem, talvez de quem sinta inveja de sua dedicação ao namoro. O importante é que você entenda que não existem fórmulas prontas na relação a dois.
Em geral, tratar alguém com carinho, delicadeza e dedicação não traz prejuízos ao relacionamento. Muito pelo contrário: essas atitudes constituem a base de um relacionamento sólido e duradouro. Mas é importante ressaltar que nem só de base vive uma estrutura.
Assim, talvez você precise acrescentar a essas atitudes alguns elementos que mantenham a relação amorosa acesa, evitando que seu namorado fique com você apenas por que você faz tudo o que ele quer. Para isso, tente avaliar quais são suas qualidades pessoais e questione-se se você as apresenta a ele.
Ele gosta de mim pelo meu jeito de ser ou por que o trato bem?
– Suas opiniões são ouvidas?
– Você se sente admirada por ele?
– Ele a elogia por atitudes que você toma em sua vida pessoal?
Esse questionamento é importante para dar a você a certeza que é gostada pelo que é e não apenas pelo modo de tratá-lo.
No relacionamento dou mais importância a mim ou a ele?
Avalie também qual a importância que você dá a você mesma dentro do relacionamento, em comparação à importância que você dá a ele.
– Você coloca suas opiniões em questões polêmicas?
– Pede ajuda dele quando precisa?
– Participa das decisões a serem tomadas?
– É tão bem tratada por ele quanto o trata?
Aqui estamos trazendo à tona a questão do equilibrio, fator essencial para a manutenção de um vinculo saudável. Afinal, relação é troca, e os papéis dos participantes devem ter uma alternância para que o dar e o receber sejam distribuídos de forma homogênea.
Outra questão a ser feita refere-se ao jogo amoroso em si. Como em qualquer jogo, o fato do jogador não saber qual é a próxima jogada do parceiro é essencial para que o jogo não perca seu encanto.
No amor também algum grau de imprevisibilidade se faz necessário para imprimir a ele algum colorido. Assim, tente mudar seu jeito de fazer as coisas de vez em quando; surpreenda-o com um “não” no meio de tanto “sim”; deixe rastros de um pequeno mistério no ar com um “não sei…” jogado ao léu… Enfim, faça com que uma pequena dúvida a seu respeito esteja sempre presente. Afinal, a obviedade em altas doses mata qualquer relacionamento.
Finalmente, depois de refletir sobre todas essas questões, guarde suas conclusões numa gaveta e deixe que os momentos a dois continuem espontâneos e naturais. Nada pior do que seguir uma cartilha para tentar moldar uma relação.