por Carlos Hilsdorf
Vivemos a Era das Mulheres, isto é fato. Não que o mundo não fosse delas antes, mas o machismo extrapolava todos os limites. A História da Humanidade que conhecemos está pra lá de mal contada. Na verdade, conhecemos a história contada por historiadores homens em sociedades patriarcais e machistas. Não espanta que tantas mulheres tenham sido excluídas da história oficial!
O machismo não está morto, longe disso, mas agora não é politicamente correto, pega mal… Então, os homens mais inteligentes socialmente, disfarçam.
O machismo está aí, firme e forte, característica arraigada de uma sociedade de valores muito questionáveis. Alguém pode me fornecer uma razão coerente para as mulheres ganharem menos que os homens ao exercerem a mesma função no mundo corporativo? Só existe uma: machismo – boicote à sua ascensão feminina.
É bem verdade que uma boa parcela dos homens melhorou muito. Temos metrossexuais, homens modernos, mais sensíveis, mais bem cuidados, mas quantos deles efetivamente dividiriam as tarefas com a mulher se uma promoção estivesse em jogo?
Quantos cuidariam sozinhos dos filhos, tornando-se "mães de gravata", como fez meu amigo Ronnie Von?
O machismo está vivo, abalado, mas resistente. E o feminismo? Bem, as mulheres já não queimam mais sutiãs em praças públicas, nem precisam, mas uma das características menos felizes do feminismo também continua viva: a tentativa de viver como homens.
Homens e mulheres são diferentes. Apenas essas diferenças não podem coibir seus direitos básicos de igualdade social.
Copiar o modelo dos homens não é nem de longe uma boa ideia. Esse modelo de mundo falido em que vivemos foi em grande parte construído por nós homens, e é fato que não é um modelo feliz!
Antes, os homens (uma parte deles, uma grande parte, mas ainda assim somente uma parte) tratavam as mulheres como objetos de seus desejos sexuais, assumindo uma atitude descartável frente aos sentimentos delas.
Agora, lamentavelmente, são as mulheres que estão agindo dessa forma, vivendo suas aventuras românticas como se os homens fossem meros objetos de satisfação momentânea de desejos.
A ironia da inversão é bem justa, mas suas consequências são muito graves. Estamos de novo na contramão. Seres humanos, homens ou mulheres, não podem ser tratados como objetos. Nem o machismo, nem o feminismo são modelos coerentes e justos. A humanidade carece de Humanismo, atitudes lúcidas que celebrem as semelhanças e respeitem as diferenças entre os gêneros sob a ótica da interdependência, da complementaridade e da ética.
Sem humanismo não haverá solução, apenas solidão!
O ser humano está só, muito só, em consequência de fechar-se nas ilusões do ego materializadas em atitudes profundamente individualistas.
A guerra dos sexos e o preconceito com as escolhas sexuais das pessoas demonstram que nossos problemas estão longe de estar mais equacionados. A sociedade está um pouco menos hipócrita, apenas um pouco menos…
Hoje é politicamente incorreto demonstrar publicamente atitudes discriminatórias, mas elas persistem.
Precisamos discutir menos os gêneros e opções e passar a celebrar mais o amor!
O amor, onde anda o mais sagrado dos sentimentos? Você ama e é amado de verdade? Tem certeza?
Tarde é que reconhecemos que não amamos o suficiente e não raro descobrimos que tampouco fomos amados…
Não existe amor na ausência de respeito. Respeito é característica do humanismo vivido e praticado.
Busque amar e ser amado. Abandone o machismo e qualquer forma de feminismo, a vida é mais que o gênero, e o amor maior que o sexo!