Flow – a palavra-chave do fluir é a naturalidade! – um ESTADO de fluidez espiritual e mental que não requer nenhum esforço; catapultado pelo SEU CORAÇÃO, você se eleva rumo aos céus, transcende o ego e enxerga o TODO, além da percepção limitada captada pelos cinco sentidos, literalmente, nas nuvens, VOCÊ SIMPLESMENTE É, faz parte do TODO
Eu procuro prestar muita atenção aos movimentos que se expressam ao meu redor e tento aprofundar e refletir, principalmente sobre aquelas ideias que são facilmente aceitas e repetidas por todos.
Uma dessas ideias que circulou muito nos últimos anos pode ser resumida na segunda frase:” Tudo pelo coletivo”. Parece bonito.
Eu mesma vivo dizendo aqui que caminhar na direção da unidade, do TODO, é caminhar na direção do Amor. No entanto, se não prestarmos atenção, podemos ingenuamente cair em distorções perigosas.
Se o meu movimento de servir o coletivo vem de fora para dentro, como se o coletivo esmagasse minha individualidade, algo que muitos apoiam e até enaltecem, podem estar certos, estarei incorrendo em um grande erro.
Olhe para dentro de si, pois sutil é caminhar por um túnel mágico
O bem do TODO não é alcançado a partir da destruição do Ser individual. O caminho é outro. Começa quando olhamos para nós mesmos, com tanto respeito, tanto amor, a ponto de sermos levados às nossas profundezas, movidos por um imenso desejo de conhecer mais e mais o nosso Ser. Encontramos então, no mais íntimo de nós, uma passagem. Através dessa passagem, que está além dos territórios do ego, existe um túnel mágico, que nos liga a cada ser vivente… A cada planta, cada animal, ser humano, a cada árvore, rio ou pedra.
É através da entrega ao sagrado que nos habita que encontramos o TODO e seu perfeito encaixe a tudo o que existe.
Percebem? É natural. Não requer esforço ou sacrifício.
O que estou tentando lhes dizer é que a forçada supressão da liberdade do Ser em prol do coletivo é uma falácia, perpetrada por egos humanos.
Por outro lado, quando mergulhamos em nós mesmos, para além do ego, finalmente compreendemos que “nós e o outro somos um”, apenas então cria-se a harmonia perfeita entre individual e coletivo.
O ego não é suprimido. É “transcendido.”
A harmonia encontrada nesse caso não é forçada, não fere, não suprime liberdades. É uma harmonia natural e perfeita, fruto do Amor, e não dessa opressão egoica, disfarçada de coletivismo que apenas quer que o outro faça o que achamos que deva fazer, pelo “bem de todos”.