Da Redação
Um em cada quatro homens brasileiros vivencia a ejaculação precoce, quadro no qual o indivíduo ejacula rapidamente, sem que seja possível estabelecer um controle voluntário. A EP, como é chamada, é responsável por 40% das queixas feitas nos consultórios de terapia sexual.
Os dados são da Sociedade Brasileira de Urologia: a maioria dos pacientes é formada por homens casados ou com parceira fixa.
"Usualmente, eles levam cerca de quatro anos após os primeiros sintomas para procurar um especialista. Isso porque muitas vezes eles não acham que seja um problema, e acabam procurando um especialista apenas quando a parceira aconselha", declara o médico urologista Evandro Cunha.
Sem possibilidade de prevenção, a alteração afeta de maneira drástica a vida sexual e consequentemente a autoestima do homem. A EP divide-se em duas categorias: a de origem primária, que se inicia quando acontece a primeira relação sexual na adolescência; e a de origem secundária, que surge repentinamente na maturidade, em homens que anteriormente não apresentavam a disfunção.
O médico esclarece que quadros de ansiedade e depressão estão ligados à EP tanto de origem primária quanto secundária: "Caso o quadro se torne crônico, é essencial acompanhamento médico".
O tratamento em geral consiste na associação de medicamentos e psicoterapia, podendo, de acordo com a resposta do paciente, ser um ou outro isoladamente. "Não existem tratamentos alternativos", acrescenta o médico. De maneira geral, é benéfico gerenciar o estresse e a ansiedade, de maneira que não afetem diretamente a saúde integral.