Um saquinho de pele: você sabe o que isso significa?

Nessa semana participei de uma live no Instagram.

As pessoas nos procuram por sermos monjas budistas e, portanto, esperam de nós palavras de aconchego, acolhimento, paz, tranquilidade, sabedoria, e tantas outras manifestações que possam promover bem-estar a quem ouve e a quem vê.

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Sim, temos por missão o bem comum, salvar todos os seres do sofrimento.

No Budismo é necessário o autoconhecimento.

Assim, buscamos ajudar nesse processo, o sentido da Bodisatva, aquela, ou aquele que está atendo, atenta às dores do mundo, aos lamentos e vai ao encontro para liberar das redes do sofrimento. E, essas redes encontram-se em nossa mente e consequentemente nas redes de relações, pessoais, sociais, culturais…

A busca por palavras que ajudem a todos a sair da depressão, das tristezas, das inseguranças vividas a cada momento, especialmente nesse tempo da pandemia do Coronavírus, tornou-se intensa.

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Porém, as respostas, o caminho para apaziguar o coração e a mente encontra-se embaixo de seus pés.

Antes de abraçar uma live no Instagram, antes de abraçar as mensagens no Facebook de seus amigos, amigas, conhecidos e desconhecidas, antes de abraçar uma taça de vindo, um amor, uma criança, uma ideia, peço a você, abrace a si mesmo, a si mesma.

Sim, abrace-se, abrace esse saquinho de pele. Sinta seus ossos, órgãos, respiração, transpiração.

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Aproxime-se de você.

Volte para você

Está tudo aí mesmo, aqui mesmo.

O Caminho está embaixo de seus pés.

Veja quem é você.

Não brigue com você. Se reconheça. Amanheça em você. Entardeça em você, anoiteça em você.

Perceba que você é tudo mais.

Tudo mais tornou você possível.

Seus ancestrais, e mais recentemente, seus pais.

Mas, recentemente, professores, professoras, amigos, amigas, aqueles que você não gosta, às pessoas indiferentes, e todos que passam por suas sensações, percepções e que promovem incessantes conexões neurais.

Os alimentos que vieram de uma rede de condições e agora, células em seu corpo…

Abra-se, aperte esse saquinho de pele, sinta a vida presente.

Identifique o infinito jardim de possibilidades.

Se distraia dentro dele e verá que está em todo lugar.

Aprecie a sua vida e veja que é de todos…

Descubra esse caminho

Ande um pouco descalça, descalço de ideias.

Acesse a sua verdadeira natureza

E, não pegue friagem.