Da Redação
Volte seu olhar para o céu.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) inaugura o maior planetário de Minas Gerais. Com uma cúpula de 12 metros de diâmetro, capacidade para 90 pessoas, o planetário faz parte de um complexo de 3.000m², distribuídos por quatro andares e com capacidade para receber mais de 700 pessoas.
Munido com uma estrutura de ponta e um equipamento de destaque internacional, o local promove um ambiente de imersão e transporta o público diretamente para as estrelas, demonstrando, de forma lúdica, diversos elementos do nosso universo. A visitação pública teve início em 20 de março.
O coordenador de Astronomia e responsável pelo Planetário, Cláudio Teixeira, ilustra: “é uma experiência cinematográfica diferenciada” — uma analogia que é comum para começar a explicar a estrutura para quem ainda não está familiarizado com o funcionamento de um planetário. “O espectador se sente dentro da projeção. É um entretenimento científico, feito em um porte não conhecido antes na região, que tem o potencial tanto para ensinar, quanto para ser um atrativo turístico. O impacto para a cidade e toda a região ainda é incomensurável. Abrimos para o agendamento de escolas e, em uma manhã, todos os horários dos próximos dois meses já estavam fechados”, comemora Teixeira.
Ampla visão
A estrutura conta com projetores que capacitam a visão de planetas, do Sol, da Lua e demais objetos do sistema solar, sendo possível demonstrar a órbita de satélites, detalhes de superfícies e movimento de estrelas, por exemplo.
Atualmente, o Planetário exibe duas sessões, de 30 minutos cada: “A origens da vida” e “Astronomitos”, sendo a primeira voltada para todas as idades, enquanto a última foca no público infantil. Durante a exibição de “Astronomitos”, conhecemos a história das constelações e sua relação com a mitologia grega, compreendendo como funcionam alguns conceitos físicos dos corpos celestes e do planeta Terra. Já o filme “As origens da vida” nos leva em uma viagem sobre teorias que expliquem não apenas nossa existência, mas também o surgimento de vida no próprio Universo, abordando fatos como o Big Bang, a extinção dos dinossauros e fenômenos físicos da Terra.
Olhem para as estrelas: que tal sete mil?
A capacidade do número de estrelas projetadas, do norte ao sul, é aproximadamente sete mil, de modo a não sobrecarregar a visão humana. E como afirmou o genial astrofísico britânico Stephen Hawking falecido neste mês: "Olhe para as estrelas e não para os seus pés." – ao completar 70 anos – veja aqui.
Como visitar?
O Planetário funcionará de terça-feira a domingo, oferecendo sessões com duração de 30 minutos cada. O agendamento das visitas pode ser feito online, antecipadamente. Uma vez marcado, o ingresso poderá ser baixado no próprio celular do visitante e, então, apresentado na porta do local. “Quem estiver realizando uma visita espontânea ao Centro de Ciências, sem ter marcado anteriormente, pode tentar participar de uma sessão, caso ainda existam lugares disponíveis”, aponta Teixeira. “De qualquer forma, será mais simples, rápido e prático marcar com antecedência e garantir seu lugar.” A expectativa, segundo o diretor do Centro de Ciências, Elói Teixeira, é de que 60 mil pessoas visitem, anualmente, o Planetário.
Observatório astronômico
Quem se inscrever para uma sessão de terça-feira à noite no Planetário também tem a oportunidade de visitar o Observatório Astronômico do Centro de Ciências, que acontece mediante condições climáticas favoráveis. O local funciona entre 19h e 21h. Com um telescópio fixo de 20 polegadas, além de dez telescópios móveis, incluindo um específico para observação do Sol, é possível observar estrelas, lunações, crateras lunares e planetas do nosso sistema solar no Observatório.
Outras informações:
(32) 2102-6913 / (32) 2102-6914 (Centro de Ciências)
Marque sua visita ao Planetário