Urologistas reprovam cirurgia para aumentar pênis e eliminar ejaculação precoce

Da Redação

Com a promessa de aumentar o tamanho do pênis e eliminar a ejaculação precoce, várias clínicas e médicos brasileiros vêm realizando procedimentos cirúrgicos em pacientes que buscam soluções imediatas para algo que, muitas vezes, deveria ser tratado com medicamentos ou no consultório de um psicólogo. O problema é que essas cirurgias não têm qualquer fundamentação científica e seus resultados, na maioria das vezes, acabando deixando sequelas no órgão genital desses homens. Por esta razão, são procedimentos desaconselhados pelas entidades médicas.

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Segundo o médico Geraldo Eduardo de Faria, membro da Sociedade Brasileira de Urologia, por trás dessas promessas há interesses financeiros. “Os procedimentos cosméticos para aumento do pênis não têm sustentação científica. O que acontece, na verdade, é um grande comércio”, diz. “Não há como aumentar o tamanho do membro; o que existe é uma cirurgia para seccionar o ligamento suspensor do pênis, dando a impressão de que o órgão está um pouco maior”, explica.

Preocupação de tamanho não é com pênis ereto, mas flácido

Sua experiência clínica mostra que a procura por procedimentos cirúrgicos para aumentar o tamanho do pênis ocorre, principalmente, em indivíduos que não aceitam a própria constituição física. “São homens que não estão preocupados com o tamanho do pênis ereto, mas sim em flacidez e com a sua imagem perante as pessoas”, afirma Faria.

A SBU-SP é contrária aos procedimentos cirúrgicos que prometam aumentar o tamanho do pênis. “Do mesmo modo, a comunidade científica internacional não aceita esse tipo de procedimento, considerando-o inadequado para tratar um problema de ordem psicológica”, enfatiza.

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Cirurgia para eliminar ejaculação precoce não é aprovada pelo CFM

As cirurgias que prometem acabar com a ejaculação precoce também são condenadas pela comunidade médica. Para esses casos, a recomendação de tratamento é medicação oral e/ou psicoterapia. Alguns profissionais, entretanto, preconizam o tratamento cirúrgico, chamado de neurotripsia. “Essa cirurgia não é aprovada pelo Conselho Federal de Medicina para esse tipo de caso e seus resultados não foram comprovados cientificamente”, afirma o urologista Álister de Miranda Cará.

Doutor em urologia pela Unicamp, Cará explica que esse tipo de cirurgia é um procedimento invasivo – consiste na exploração da microinervação peniana e na ressecção das terminações nervosas sensitivas do pênis – e seus resultados não são satisfatórios quando comparados aos tratamentos tradicionais.

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Ejaculação precoce na maioria das vezes possui origem psicológica

A ejaculação precoce ocorre quando o homem atinge o orgasmo muito rapidamente, sem qualquer controle. Estima-se que 35% dos homens com mais de 40 anos sofram com o problema que, na maioria das vezes, a origem não é física, mas sim psicológica. “E mesmo quando há algum problema físico, os pacientes podem ser tratados de forma não cirúrgica”, completa.