Da Redação
As lentes de contato coloridas estão novamente na moda e, com isso, crescem as lesões decorrentes do uso sem orientação médica. O público feminino lidera o consumo, adquirindo-as como acessórios em óticas que dispensam a prescrição médica.
“O preço do uso inadvertido pode ser elevado, indo de alterações na córnea à perda da visão”, alerta o oftalmologista Dr. José Geraldo Pereira.
O especialista explica que lentes de contato, com ou sem grau, devem respeitar a curvatura do olho. Inclusive as gelatinosas que têm diferentes curvaturas. Além disso, cabe ao médico verificar as condições do paciente: se tem uma boa lubrificação ocular, se é propenso a algum tipo de doença que possa ser desencadeada com o uso das lentes ou se já é portador de alguma patologia assintomática.
Outro cuidado fundamental diz respeito à assepsia. “É durante uma consulta, que o paciente aprende a fazer a higienização adequada das lentes. Embora o soro fisiológico seja utilizado, ele não é o produto mais adequado. Isso porque não previne a contaminação por bactérias”, explica o médico. Os usuários devem ainda ficar atentos ao tempo máximo de uso contínuo das lentes.
"Dependendo do material utilizado, o especialista avalia o tipo de lente e se a pessoa pode ou não dormir com ela. Nem todo paciente pode dormir com a lente e nem toda lente pode ficar nos olhos por um tempo superior ao de doze horas", ressalta o especialista.
Se a ideia é trocar com segurança a cor natural dos olhos, o primeiro passo é procurar um oftalmologista. “O uso das lentes não deve ser banalizado. Valorizar a saúde ocular é tarefa de quem preza sua qualidade de vida”, sintetiza.
Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento