por Flávio Gikovate
“… as mulheres que até então viviam criticando os homens por trabalharem demais e por darem extrema importância às glórias sociais, passaram a competir com eles …”
Conforme prometido no artigo anterior (veja aqui), vou abordar agora a competição entre o homem e a mulher no mundo do trabalho.
Em virtude das inovações tecnológicas propiciadas pela Segunda Guerra Mundial, as mulheres tiveram acesso crescente ao mundo do trabalho. Assim, elas passaram a gostar da independência vinda do fato de ganhar o próprio dinheiro.
Com isso, as mulheres passaram a experimentar um brutal aumento de sua autoestima e passaram a não mais aceitar a condição social de inferioridade.
Até aí tudo é muito lógico e parecia o prenúncio de uma nova era onde, superadas as tensões e conflitos iniciais desse novo momento, as relações conjugais finalmente pudessem se encaminhar no sentido de igualdade de direitos e responsabilidades.
Talvez ainda se alcance esse objetivo, onde o amor possa se tornar de fato real e não um sonho juvenil.
Porém, como sempre acontece, elementos irracionais ligados à vaidade começaram a aparecer.
Boa parte das mulheres conseguiu resultados particularmente positivos no seu trabalho e foram prestigiadas por isso.
Esse prestígio na prática significa ganhar mais dinheiro e assumir cargos de responsabilidade, inclusive no topo ou no comando das organizações.
Assim, elas começaram a gostar de serem reconhecidas por essas competências. Elas que eram valorizadas essencialmente pela aparência física, sentiram o prazer erótico derivado do sucesso social: experimentaram o vício dos homens e se viciaram também.
A partir daí, as mulheres que até então viviam criticando os homens por trabalharem demais e por darem extrema importância às glórias sociais, passaram a competir com eles. Esses, sentindo-se ameaçados, passaram a se empenhar cada vez mais para não perderem a sua posição.
Essa competição se acirra, o desencontro entre os sexos se acentua e o amor vai para o segundo plano. Dessa forma, suceder na vida torna-se a meta der todos. Suceder é ter destaque, é ganhar muito dinheiro. E ninguém sabe mais a razão para tudo isso, pois já estão todos contaminados pelo vício da vaidade.