Da Redação
A síndrome do “ombro congelado”, também conhecida como bursite, pode ter início com uma aparentemente simples dificuldade de se vestir ou alcançar um objeto no alto de uma prateleira. O problema é a rapidez com que a pessoa pode ter seus movimentos limitados pela dor.
“Para o paciente, é como se o ombro estivesse mesmo congelado, impossibilitando movimentos simples, como o de alcançar o bolso de trás da calça”, diz o médico ortopedista Gilberto Anauate.
De acordo com o especialista, a bursite é caracterizada pela inflamação da articulação do ombro, podendo afetar músculos, nervos e fluidos sinoviais. “Geralmente, a síndrome do ombro congelado está associada a dores no pescoço ou mesmo na coluna. O diagnóstico inicial e o tratamento devem levar em consideração essas outras partes do corpo”.
Anauate diz que mulheres com idade entre 40 e 50 anos formam o grupo mais atingido pela doença, podendo estar associada a quedas ou mau jeito. “Pessoas que praticam esportes que forçam muito os ombros, como o tênis e o voleibol, são fortes candidatas a sofrer desse mal, assim como aqueles que têm diabetes, disfunções na tireoide, ou mesmo que apresentem níveis altos de triglicérides.”
A boa notícia é que a síndrome do 'ombro congelado' não dura para sempre. Mas, quando não diagnosticada e não tratada pode restringir os movimentos por cerca de seis meses, no mínimo. “Além de medicamentos injetáveis, a fisioterapia é recomendada na maioria dos casos. Apesar da dificuldade de movimentação da articulação, um bom profissional deverá prescrever exercícios específicos para o fortalecimento dos músculos e para dissolver a tensão causada pela dor. Aos poucos, o paciente vai retomando a confiança de se movimentar normalmente”, diz o médico ortopedista – ressaltando que em casos mais extremos pode haver indicação de tratamento cirúrgico.