Você consegue colocar limite com amor?

Mas… o que significa colocar limite com amor? Como se livrar culpa, da raiva e do medo, que uma visão distorcida de sua relação com o outro, pode te provocar? 
 
Estabelecer limites não é fácil, principalmente com relação às pessoas que amamos.

Ainda mais difícil para aqueles que ingenuamente acreditam que o “reino dos céus” acolhe com mais abertura os sofredores, aos que tudo suportam.

Como resultado dessa visão distorcida, aqueles de nós que caminham nessa jornada espiritual muitas vezes têm uma tendência a olhar mais para o outro do que para si.

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É comum que possuam um estoque interminável de desculpas para as ações de outros, mesmo quando nos ferem. Eu mesma já me perdi nessa distorção muitas vezes.

Considero uma qualidade a capacidade de ter empatia e tentar compreender o ponto de vista do outro. Mas quando isso invade nossa vida a ponto de permitirmos o desrespeito e atitudes que constantemente nos ferem, acreditem, o que era uma qualidade se tornou “falta de amor próprio”.

Eu tive que praticar esse ensinamento MUITAS vezes em minha vida, e lhes digo:

“Quando o LIMITE é colocado com AMOR, o resultado é uma profunda sensação de PAZ.”

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Mas o que significa colocar limite com amor?

Significa fazer isso sem raiva ou arroubos emocionais. Significa compreender que aquela pessoa está fazendo o melhor que pode, mas que é “NOSSA TAREFA”, e não dela, cuidar de nós mesmos.

Significa, se necessário for, criar a distância necessária para que não sejamos feridos, uma vez que o outro pode não estar preparado para elaborar as questões envolvidas no conflito ou para estar conosco sem nos ferir. Significa até, algumas vezes, momentaneamente, (gosto de pensar que tudo possa mudar) tirar uma pessoa de nossas vidas, DESDE QUE NÃO A TIREMOS DE NOSSOS CORAÇÕES. Essa última parte é fundamental.

Sair de uma situação abusiva ou de desrespeito não apenas nos faz bem, como ao outro também, uma vez que suas ações acabam também por feri-lo e por atrair resultados semelhantes aos que são por ele causados.

Toda a energia enviada acaba por voltar para nós. Assim, assumam a tarefa de cuidar de si mesmos. Sem culpas, sem raiva, sem medo.
Com amor.

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É Psicóloga Clínica, atua numa abordagem transpessoal. Seu trabalho é direcionado a favorecer o autoconhecimento e a transformação das crenças limitadoras que nos mantêm aprisionados a padrões repetitivos de escolhas. É escritora, publicou 'Gente que mora dentro da gente' e o best-seller 'Palavra de Criança' pela editora Pensamento