Por Blenda de Oliveira
Como uma pessoa enfrenta dores emocionais – por perdas, por exemplo – nos diz muito sobre sua capacidade de enfrentamento pessoal.
Há aqueles que acreditam que negar a dor ou fazer de conta que tudo é suportável e passageiro, faz com que a dor não perdure e se solucione. Uma espécie de passar ao largo da dor, para não senti-la.
Há outros que dramatizam a dor, ao contrário, viram a dor, fazendo dela sua bandeira. Repetem, sem intervalo, como são sofridos e gloriosos na vitimização.
Alguns outros se enraivecem diante da dor e distribuem a conta para quem estiver por perto. O mundo tem a responsabilidade com a dor.
Por fim, há quem seja honesto com a dor, por isso a acolhe, não nega, não distribui a conta para ninguém e não se vitimiza. Esses, de modo geral, são chamados de resilientes.