A empatia é uma das mais valiosas qualidades que o ser humano pode cultivar. Ela consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, tentar imaginar os seus sentimentos, caso estivesse na mesma situação que ele vivencia.
Compreender os sentimentos e emoções alheios pode ser uma ferramenta muito eficaz para evitar conflitos. O desafio é desarmar-se, não julgar e tentar manter uma postura a mais objetiva possível.
Agir de modo racional é a única maneira de conseguirmos manter intacta a nossa capacidade de sentir empatia. Ela está diretamente relacionada ao altruísmo, que é o dom de ajudar aqueles que necessitam, sem esperar qualquer vantagem ou retribuição.
Ser empático é ir além da capacidade intelectual, do desejo de agradar o outro. Isto é simpatia. Empatia é uma função emotiva, pois nos faz querer compreender o outro, conhecê-lo melhor, para poder ajudá-lo.
Algumas pessoas são naturalmente dotadas de empatia, outras, no entanto, precisam ser treinadas para isso. O não julgamento, qualidade essencial para a prática da empatia, é testado em diversas simulações de circunstâncias, até que se consiga torná-lo uma reação espontânea.
O termo empatia foi usado pela primeira vez no início do século XX, pelo filósofo alemão Theodor Lipps, “para indicar a relação entre o artista e o espectador que projeta a si mesmo na obra de arte”. O termo advém do grego empatheia, formado por em – “em” mais pathos, “emoção, sentimento”.
Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma “espécie de inteligência emocional” e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva – relacionada com a capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva – relacionada com a habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.
Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente.
Segundo estudiosos do comportamento humano, “é muito importante praticarmos isso, afinal de contas, sem a empatia os seres humanos já teriam sido extintos há muito tempo.”